"Arbitragem? Os meus jogadores ficam revoltados comigo, porque eu não os defendo"
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez a antevisão ao jogo com o Sturm Graz (quinta-feira, 20h00), da última jornada da fase de grupos da Liga Europa.
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Como é que o Rúben Amorim aguenta não falar das questões da arbitragem?
"Em relação a não falar de arbitragem, obviamente que eu falo com alguém. Mas falo quando entro no balneário, bato numas portas, refilo com toda a gente, faço o mesmo que os outros. Aqui, não o vou fazer porque sei que não vai mudar nada. Nesse sentido, prefiro não falar e não entrar nesse jogo, porque me mantenho mais saudável no futebol e na vida privada. Vou fazer o meu trabalhinho, fico revoltado como os outros, mas aguento-me porque tenho essa ideia desde o início. Antes de começar a minha carreira, houve certas balizas, certas linhas vermelhas que eu estabeleci para mim. Às vezes apetece-me falar, como os outros. Mas não vou falar. Enquanto estiver em Portugal, no meu país, não vou contribuir para a confusão. Os meus jogadores ficam revoltados comigo, porque eu não os defendo. Eu acho que os defendo assim, sem arranjar desculpas, mesmo que seja verdade. Obviamente que o clube tem de se defender. O presidente tem uma tarefa completamente diferente da minha e tem de falar aquilo que acha que tem de falar em nome do clube. Eu não falo dessas coisas porque o meu trabalho é apresentar resultados dentro do campo e fazer a equipa melhorar. Mesmo com o penálti em Guimarães, se nós tivéssemos no máximo, como temos de estar todas as semanas para sermos campeões, ganhávamos o jogo. É nisso que me foco e não me escondo atrás de outras coisas. Às vezes, a arbitragem tem grande influência, mas, enquanto eu for treinador, não vou falar desse assunto."
Revelações para o jogo de amanhã: "Luís Neto vai jogar outra vez, já o Geny Catamo não está apto e está fora desta partida. Vamos ver quando é que poderá recuperar. O Daniel Bragança está de volta, o que é um grande sinal. O St. Juste continua igual."