O empate de ontem do Sporting com o Estoril deixa os melhores marcadores de Benfica e FC Porto em brasa para o clássico desta tarde
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Primeiro clássico do ano e primeira possibilidade para desfazer já a igualdade pontual no topo que marcava o arranque desta 15ª jornada. E se o ambiente deste Benfica-FC Porto será forçosamente ímpar, face ao adeus eterno de Eusébio, nem por isso deixa de prometer ser escaldante. Sobretudo porque o empate do Sporting na Amoreira atira para novos patamares a vontade de vencer de águias e dragões, agora novamente pela liderança isolada da Liga. A história diz que é raro o clássico sem golos e, no que a estes diz respeito, o foco desloca-se rapidamente para dois nomes: Lima e Jackson.
Nos pés dos dois avançados estará por certo uma boa parte das esperanças de Benfica e FC Porto, até porque há um passado a sustentar a análise. Para o brasileiro das águias, sete é mesmo o número-chave na véspera deste clássico. O dígito não só resume os golos que marcou ao FC Porto ao longo da sua carreira - apenas um foi ao serviço do Benfica, na última época, e em pleno Estádio do Dragão, ficando três entregues ao percurso no Braga, com um bis pelo meio, e outros tantos ao trajeto no Belenenses - como também é a soma de golos que leva na presente edição do campeonato (de em todas as competições). E sem Cardozo, que até o tal sete tem nas costas e atirou as mesmas bolas para o fundo das redes do dragão, é Lima a principal ameaça dos comandados de Paulo Fonseca.
Do outro lado, o nome a temer vem da Colômbia e conta com uma curta mas assinalável taxa de aproveitamento na Luz: um jogo, um golo. Todos ainda deverão ter fresca na memória a forma como o Cha Cha Cha aproveitou um erro individual de Artur para faturar na Catedral, no encontro da 14ª jornada da última época, mas são os 12 golos apontados pelo ponta de lança azul e branco na atual edição da I Liga que tornam o seu cartão de visita mais imponente.
Presentemente segundo melhor marcador do campeonato, Jackson terá hoje um fito que anda de mãos dadas com o objetivo de vencer na Luz: basta-lhe marcar um golo para apanhar o compatriota Montero - o jogo de ontem, na Amoreira, foi o seu quarto consecutivo em branco - no topo da tabela dos melhores marcadores. O bis, esse, garante-lhe automaticamente a liderança isolada neste troféu individual.
De resto, nunca será de descurar Lucho, o melhor marcador do plantel dos dragões contra o Benfica, com três golos marcados em 14 partidas