Vontade do jogador e da SAD conjugam-se, depois da renovação no início da época
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Adrien Silva deverá sair no final da presente temporada, já que, sabe O JOGO, o médio manifestou internamente a sua intenção de deixar o clube para jogar com maior regularidade e a nova administração leonina, liderada por Bruno de Carvalho, encara a sua saída com bons olhos, sobretudo por força do elevado vencimento que o médio aufere em Alvalade. Em causa estão os valores estipulados na conclusão do processo de renovação contratual que colocou o jogador luso-francês num patamar salarial na ordem do milhão de euros por temporada, o que colide com a necessidade do presidente Bruno de Carvalho de reduzir drasticamente o orçamento para o futebol na próxima temporada, por força do acordo de reestruturação financeira que será cumprido em concordância com as entidades credoras e parceiras do clube - Banco Espírito Santo (BES) e Banco Comercial Português (BCP).
Antes de o acordo válido até 2017, graças ao qual ficou blindado por uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, ter sido assinado, a 5 de setembro de 2012, Adrien Silva já tinha demonstrado vontade de sair do clube caso não lhe fossem apresentadas garantias de utilização regular, dado que tem alimentado o sonho de representar a Seleção Nacional no Mundial'2014, no Brasil. Porém, apesar de ter iniciado a temporada como titular e de lhe ter sido dito então por alguns responsáveis do clube que teria um papel mais ativo na equipa, a verdade é que o jogador não tem conseguido justificar em campo o elevado investimento feito pela SAD, sendo que nos últimos tempos vem sendo suplente não utilizado.
Saída foi equacionada
em janeiro
A possibilidade de Adrien Silva sair do Sporting em janeiro esteve em cima da mesa, dado que o anterior presidente, Godinho Lopes, chegou a abordar vários empresários no sentido de arranjar colocação para o médio, ainda que o cenário colocado tenha sido apenas o da cedência por empréstimo e consequente responsabilização pelos honorários do jogador por parte do emblema que o acolhesse. Os motivos eram então idênticos aos que estão na base da decisão, por parte do novo elenco, de aceitar negociar o atleta: o elevado vencimento do 23, quando é preciso reduzir custos, a par de um rendimento desportivo que tem ficado aquém do esperado.
