Se desta vez chegar às finais e ganhar, então será "melhor ainda" do que há um ano. "Melhor ainda!", enfatizou. Entretanto, sobre a I Liga, está ainda tudo em aberto
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Não se pode relaxar nem olhar para os adversários do fundo da tabela com tiques de superioridade. Jorge Jesus garantiu ontem respeito pelo Paços de Ferreira, mas também considerou a sua equipa a melhor do campeonato nesta altura. "É só olhar os factos", disse.
Depois do triunfo no dérbi, o Benfica corre o risco de ter excesso de confiança frente ao Paços?
Não. Para nós há um lema: não olhamos para o nome dos adversários. Sabemos que o campeonato português é muito competitivo, está entre os mais fortes da Europa. Para darmos seguimento aos nossos objetivos, temos de olhar para todos os jogos com desconfiança. E vamos olhar para o jogo com o Paços de Ferreira desconfiados. O adversário também quer e acredita que pode pontuar.
Com quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto e cinco sobre o Sporting, já pensou como vai gerir a época até final?
Está tudo em aberto. No passado, o Benfica também teve cinco pontos de atraso e agora está com cinco de avanço. Esta recuperação que o Benfica fez, os outros também ainda a podem fazer. Temos muito campeonato pela frente. Se pudermos manter distância melhor, mas, para isso, temos de justificar dentro de campo a nossa qualidade.
Nesta altura, o Benfica está mais forte do que os adversários ou são eles que estão mais fracos?
Temos de olhar para os factos. É natural que estejamos melhores do que os nossos adversários, pois estamos em primeiro, mas o inverso também já aconteceu no primeiro terço da liga. Se conseguirmos manter esta qualidade e regularidade, é sinal de que estamos a tentar, pelo menos, ser melhores do que os nossos rivais.
Depois do que aconteceu na época passada, em que acabou por perder todas as finais, sente-se mais preparado para esta?
A experiência da vida dá-nos conhecimento. E portanto, quanto mais experientes formos, melhor estaremos. O que aconteceu serviu para nos reforçar e para nos dar maior conhecimento.
Mas que retrospetiva faz do que se passou? Voltaria a fazer o mesmo? E pensa que mantém o carinho e a confiança dos adeptos?
Trabalho em função das minhas convicções. Não são essas situações que vão mudar a minha forma de pensar e trabalhar. Sei o que estou a fazer. Há duas questões importantes: uma coisa é chegar às finais e carimbar; outra coisa é nunca lá chegar. Uma equipa competir e chegar às finais, isso é valorização, correspondem a vitórias. O Benfica fez 56 ou 57 jogos na época passada, e em Portugal perdeu apenas dois. Isso tem de ser valorizado. Perdemos um jogo e não fomos campeões? É verdade. Mas na minha cabeça, nunca me vão tirar o mérito, nem a mim nem à minha equipa! Se este ano conseguirmos fazer a mesma coisa e formos campeões melhor ainda. Melhor ainda!