Médio brasileiro muda-se para a Pedreira na próxima época. O guarda-redes Cássio também tem acordo com o adversário que desespera pelo terceiro lugar. Fonseca tem absoluta confiança no balneário
Todas as qualidades que levaram o Braga a contratar o médio Luiz Carlos, a poucos meses do termo do contrato com o Paços de Ferreira, são agora uma séria ameaça ao principal objetivo do clube da Pedreira, que também tem acordo com o guarda-redes Cássio, o outro elemento do plantel pacense para o qual a defesa do atual terceiro lugar implica a perda da oportunidade de disputar a Liga dos Campeões na próxima época. "Isso nem vem ao caso", explica pacientemente Luiz Carlos, a quem "nem passa pela cabeça" preocupar-se com a consequência da única meta em que está "focado", e que se resume a garantir o "melhor possível" para a equipa da Mata Real. "Falta tão pouco, esperamos conseguir o nosso objetivo já no próximo jogo", declara com o brilhozinho nos olhos e o sorriso que se veem no resto do plantel e ilustram o desejo de dar a esta temporada um final histórico. Enquanto, cansado, no final de mais um treino, Luiz Carlos garante manter a "cabeça no Paços de Ferreira", um companheiro que passa completa a imagem com uma alusão brincalhona aos "pés em Braga".
Lidar com o assunto de forma desassombrada foi, desde o anúncio da contratação, a opção do balneário. Para o treinador Paulo Fonseca, tudo se resume a uma questão de "confiança": "Disse ao Luiz que não punha em dúvida a honestidade dele, que continuava a acreditar nele, tanto ou ainda mais." Assegurou-lhe que "não ia alterar as opções", manteve o médio brasileiro, 27 anos, entre os mais utilizados e "a honestidade dele tem ficado bem patente no que tem produzido". O caso de Cássio, 32 anos, é diferente: o acordo foi noticiado recentemente por O JOGO e apanhou de surpresa os responsáveis pacenses, mas não beliscou a atitude de Paulo Fonseca, que, na contagem decrescente para o jogo em que o Paços de Ferreira pode afastar definitivamente o Braga da discussão do terceiro lugar, mantém a coerência: "Acredito cegamente nos meus jogadores".
