"Caso Jorge Jesus não será tratado antes do verão..."
Pinto da Costa ataca. O presidente estranha ninguém ter visto nada do que se passou em Guimarães e não acredita que haja tempo para o caso ser decidido antes do fim da época. Em matéria de ataques, o árbitro Rui Silva também levou por tabela: ainda o Estoril-FC Porto sobre a mesa...
Enquanto se fala da possibilidade de Josué ser castigado pela alegada cuspidela em Luís Dias, no jogo em Arouca, Pinto da Costa não desespera por outro caso, já mais longo: os incidentes entre Jorge Jesus e as forças de segurança no final do V. Guimarães-Benfica, da quinta jornada. Nada que tire o sono ao presidente. E muito menos o deixe alerta. O assunto não se resolverá a breve trecho, considerou em declarações exclusivas a O JOGO, no Canadá, antes de visitar uma das maravilhas do mundo: as cataratas do Niágara. "Não estou à espera que isso seja tratado antes do defeso, lá para o verão. É um palpite, uma questão de tempo, de clima, da possibilidade de as pessoas se reunirem. Acho que não vai haver tempo para decidirem nada até aí, nem com sumaríssimos, nem sem sumaríssimos", ironizou, apontando, portanto, a decisão das entidades competentes para depois do final do campeonato.E porquê, questionámos: "Porque se calhar as únicas pessoas que viram a televisão fomos nós os dois. Os delegados que estavam lá não viram nada, embora se vejam imagens deles a conversar e a olhar para aquilo tudo. Os árbitros também parece que não viram nada. Por isso estou convencido de que até ao defeso não vai aparecer ninguém que tenha visto alguma coisa", insistiu. Voltando a Josué, Pinto da Costa mostrou-se despreocupado com o desfecho. "Não tenho conhecimento de nada, nem estou preocupado. Não acredito nem deixo de acreditar. É um assunto que nem sequer comento", demarcou-se.A ironia do presidente estende-se à questão da arbitragem. "Felizmente, até ao momento, só empatámos um jogo no campeonato. E nem foi contra o Estoril, mas contra o Rui Silva", apontou, agora de forma incisiva. Há erros e erros. E até o tribunal de O JOGO os explicou. "Se três árbitros com possibilidade de ver as repetições na televisão raramente estão de acordo, é sinal de que tudo ou quase tudo é discutível", socorreu-se, para ilustrar, por exemplo, o penálti a favor do FC Porto por alegado derrube a Quintero contra o V. Guimarães. "Mas há coisas que não são erros, mas invenções. Rui Silva não errou, inventou um penálti, que por definição é uma falta dentro da área. Com o jogo a decorrer, ele inventou um", insistiu. As intenções, só o árbitro de Vila Real as saberá. "Não tenho que achar se foi ou não por acaso. Não julgo intenções nem o porquê dos acontecimentos. Sei é que o único jogo que o FC Porto não ganhou até agora para a Liga foi um em que o Rui Silva inventou um penálti. Isso é indiscutível e ainda não encontrei ninguém que me tenha dito que não é assim", concluiu.