"Ronaldo ainda vai ser muito útil ao futebol e à Seleção"

"Ronaldo ainda vai ser muito útil ao futebol e à Seleção"

Técnico luso esteve no podcast Charla, onde falou do Botafogo, afirmando que pretende seis reforços, mas também da Seleção e de CR7

O treinador português do Botafogo, Luís Castro, participou no podcast Charla, no Brasil, onde abordou vários assuntos, desde a sua estadia naquele país ao Mundial do Catar e ao momento de Portugal e de Cristiano Ronaldo.

"Até ao momento, Mbappé é o nome forte do mundial. Acredito que Messi terá noção que é o último mundial da sua vida e isso nota-se a cada jogo, na expressão e alegria. Contra a Coreia, o Brasil tinha feito a melhor primeira parte do torneio. Com a Suíça, Portugal fez o jogo mais completo do mundial, o jogo mais conseguido. Acredito que diante de Marrocos o Fernando Santos mantenha a mesma equipa. Cristiano Ronaldo ainda vai ser muito útil ao futebol e à seleção. Há um grande respeito pelo que ele fez e pelo que ele ainda pode fazer. Olho para ele já numa fase final de carreira, mas não como as pessoas olham para ele, dizendo que acabou. Acho que ainda há espaço para haver mais Cristiano", comentou.

Mais extensa foi a conversa sobre o Botafogo: "Estar no Botafogo é um ato de grande responsabilidade. Este momento de reconstrução é um momento difícil, muito difícil. Todos nós queremos que esse processo seja rápido, e acredito que há condições para que isso aconteça. Quero resultados já em 2023. Quero entregá-los ao Botafogo mas também os quero para mim, para a minha carreira. Apesar da reconstrução, quero resultados melhores já esta época, vamos ver se é possível, temos que conseguir um upgrade no plantel".

Luís Castro insistiu na necessidade de reforçar o plantel: "Os títulos dependem do que é feito nesta fase da época. Muitas vezes os títulos não são conquistados no campo, mas na preparação que se faz. Nas contratações, nas condições que se dá. Eu penso sempre que é possível ganhar títulos, mas depende de sorteios, de confrontos. Depende de muita coisa que nós não controlamos. Mas gostava muito de conquistar títulos neste último ano de contrato. Era fantástico. Sinto energia muito positiva no clube, na torcida. E queremos aproveitar essa energia para conseguir mais e mais. É isso que tento fazer através da minha liderança diária. Agora, é claro, não sou eu quem tem a carteira no bolso (risos). Olhamos para os melhores clubes do mundo e o que é que eles têm? Investimento. Não podemos querer competir na Fórmula 1 com um Mini Morris. E isto não é recado para ninguém, as minhas opiniões eu dou dentro. Já disse publicamente que pretendo seis reforços. O Botafogo, para chegar onde quer, tem que melhorar o seu plantel a cada ano, sempre. Quero uma equipa mais estável este ano, e não estar a reforçar em cada janela de mercado".

Sobre o futuro, não deixou promessas: "Adoro o Botafogo, agora, não vou dizer aqui que não vou sair do clube. Não o faço porque o futebol já me ensinou isso várias vezes. Quero muito estar no Botafogo, quero continuar, mas podem aparecer resultados negativos que me atirem para fora do clube. Mas não é o que eu quero."