Pai de Gonçalo Ramos: "Estava com a minha esposa no treino do Lourenço. Vi o jogo no bar do clube"
Manuel Ramos, pai de Gonçalo, estava no treino do outro filho, em Ferreiras, onde assistiu a tudo
À hora em que o filho brilhava na maior competição do mundo, Manuel Ramos estava de olho no outro filho, Lourenço, que completa 11 anos no próximo dia 12 e treinava no Centro de Formação do Benfica em Ferreiras, Albufeira. "Poderá ser o ADN do pai, penderam todos para o futebol", brincou, em entrevista à Rádio Observador. Manuel Ramos foi também, em tempos, avançado, com passagens por Salgueiros e Farense, entre outros. "Estava com a minha esposa a acompanhar o treino do Lourenço e vi o jogo no bar do clube, com outros pais, todos a vibrar, mas nós de forma especial. Foi uma noite espetacular", contou.
Garante que só soube que Gonçalo seria titular quando a equipa foi anunciada. "Nunca lhe perguntamos. Desejamos boa sorte, que aproveite e que se divirta" , explica, mas a videochamada familiar depois do jogo, anteontem, teve um sabor especial. "Trocámos ideias, coisas nossas, mas dissemos-lhe para aproveitar o momento", diz Manuel Ramos, assumindo que o hat-trick "superou as expectativas , nunca pensei que pudesse acontecer."
As coisas "estão a correr bem, no clube e na Seleção", mas o filho não é um substituto de Cristiano Ronaldo. "Não há substitutos, há que aproveitar as oportunidades. E se ficar no banco no próximo jogo, vai corresponder da mesma maneira; é virado para o trabalho", junta.
Rui Pinto, treinador que recebeu Gonçalo com cinco anos no Olhanense, assume a O JOGO que desconfiou da titularidade antes de chegar a confirmação oficial. "Esperava que o Fernando Santos lhe desse a titularidade, por dois motivos: pela história dos coletes, na véspera, e por não ter sido utilizado frente à Coreia. Depois, juntando a questão à volta do Ronaldo, tinha mesmo fundadas esperanças que ele jogasse e cheguei a dizê-lo a vários amigos", explica. "Não há palavras, e em Olhão não se fala de outra coisa", acrescenta Rui Pinto. Segue-se Marrocos, "com Gonçalo na equipa, claro", remata.