Treinador brasileiro contesta "bacalhoada" no Brasil: "Parece que inventaram o futebol"
Roger, que lidera os destinos do Atlético de Minas Gerais, salientou existir "muita gente boa" no Brasil para orientar as equipas do país. Desde 2019, houve um "boom" luso
Corpo do artigo
Alguns dos principais clubes brasileiros têm recorrido, com maior intensidade desde 2019, à contratação de treinadores portugueses para liderarem os destinos das respetivas equipas, mas há quem seja contra essa política desportiva.
"Estamos a enfiar técnicos portugueses no Brasil, parece que eles inventaram o futebol. Não concordo com essa 'bacalhoada' a chegar para resolver os problemas. Há muita gente boa aqui. Mano Menezes, Renato Gaúcho", disse Roger, treinador do Atlético Minas Gerais, enumerando técnicos que estão no desemprego.
Desde que o treinador Jorge Jesus aumentou, a partir de 2019, o palmarés do Flamengo, a nível interno e internacional, as portas do futebol brasileiro abriram-se escancaradamente para outros colegas compatriotas de profissão.
Desde então, viajaram para o outro lado do Atlântico, com maior ou menor sucesso, os técnicos Jesualdo Ferreira (Santos), Ricardo Sá Pinto (Vasco da Gama), Augusto Inácio (Avaí), António Oliveira (Athletico Paranaense), entretanto já saídos.
Quem por lá permanece, dono de enorme crédito junto dos adeptos do Palmeiras, graças à conquista de duas Taças dos Libertadores seguidas, é Abel Ferreira, que se prepara para enfrentar a final do Mundial de clubes. Mas não é o único.
O mais recente treinador português a aterrar no Brasil foi Paulo Sousa. Saído da liderança da Polónia, assumiu, há poucas semanas, o comando do Flamengo, que repetiu a estratégia tida com Jesus para tentar ser novamente bem sucedido.