"Jorge Jesus abriu o mercado ao treinador português no Brasil. Deu segurança"
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As conquistas do atual líder do Fenerbahçe e ex-técnico do Flamengo deram, defende Gilberto Silva, "mais segurança aos dirigentes brasileiros" para começarem a apostar nos treinadores portugueses. Campeão do mundo pelo Brasil em 2002 esteve à conversa com O JOGO.
Como avalia as constantes críticas que são feitas aos treinadores portugueses no Brasil?
-Há os dois lados: as pessoas que criticam e as que valorizam. Fazem o mesmo com os treinadores brasileiros e com argentinos ou uruguaios que vão para o Brasil. Em demasia, por vezes. Quando as pessoas só se preocupam em criticar, deixam de olhar o lado positivo do que é feito pelos profissionais, sem saber as dificuldades que vivem no dia-a-dia. Pelo que tenho visto, os treinadores portugueses têm feito um bom trabalho, o Abel está a fazer um belo trabalho no Palmeiras, assim com o Jorge Jesus fez no Flamengo.
Com a aposta que tem sido feita ultimamente, o treinador brasileiro está a perder qualidades ou é o treinador português que está na moda?
-No Brasil, estamos um pouco habituados a essa questão dos treinadores estrangeiros. Em determinado momento, eram argentinos ou uruguaios que iam para o Brasil, tivemos bons profissionais. O que diferenciou foi a ida do Jorge Jesus, que chegou e ganhou no Flamengo. Tinha uma equipa com muita qualidade, financeiramente com muitos recursos, e deram-lhe todas as condições necessárias para que conseguisse resultados. O mesmo acontece com o Abel, mas muitos outros treinadores estrangeiros, não só portugueses, que tiveram as mesmas condições, não tiveram o mesmo êxito.
Jorge Jesus foi o grande responsável por esta confiança que os dirigentes dos clubes brasileiros depositam no treinador português?
-Acredito que o trabalho dele foi fundamental para essa confiança. O Jorge Jesus abriu o mercado ao treinador português no Brasil. Deu mais segurança aos dirigentes brasileiros, que começaram a pensar em apostar mais em treinadores portugueses. Ganharam espaço pelos resultados do passado, a começar por Jorge Jesus.
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