Guarda-redes português sofreu uma concussão e foi assistido de imediato, mas depois preferiu continuar em campo, arriscando uma lesão complicada caso sofresse novo toque na cabeça.
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Na sequência de um choque com Philipe Coutinho, no Barcelona-Lyon de quarta-feira, Anthony Lopes sofreu uma concussão cerebral que o levou a ser substituído aos 34" de jogo. O clube informou através de comunicado que o guardião vai ser esta sexta-feira observado por um neurologista, que determinará depois o tempo de paragem aconselhado.
A situação, porém, provocou já celeuma junto da FIFPro (sindicato internacional dos futebolistas profissionais). Isto porque, antes de ser substituído, o jogador esteve 11" em campo, correndo sérios riscos de sofrer uma lesão grave.
Aos 21", Lopes saiu-se aos pés de Coutinho e, ao chocar com o avançado, sofreu um toque na cabeça. Os médicos do Lyon prestaram assistência ao atleta, aconselhando-o a ser substituído de imediato, mas Anthony preferiu continuar em campo e, já depois de sofrer um outro golo, acabou mesmo por sair, lavado em lágrimas, tal era a sua vontade de continuar a atuar neste jogo tão importante e mediático.
A FIFPro assinala que esta situação evidenciou "as falhas de um protocolo" para concussões que, assim, "põe seriamente em risco a saúde dos jogadores". Para o sindicato, não devem ser os médicos dos clubes a decidir se um jogador pode ou não continuar em campo depois de sofrer uma concussão cerebral, sugerindo antes que, nos jogos, esteja sempre um médico independente (dos clubes) disponível para avaliar situações deste tipo. Fica assim subentendido que, em defesa da entidade patronal, os médicos possam por vezes facilitar, deixando os jogadores em campo quando tal não seria aconselhável.