"Portugal ainda não foi campeão mundial, está aí uma oportunidade para Abel e Jesus fazerem história"
Cafu prefere compatriota para suceder a Tite na seleção do Brasil
O ex-futebolista internacional brasileiro Cafu admitiu que prefere um compatriota para substituir Tite no comando da seleção do Brasil após o Mundial2022, mesmo sabendo do lastro deixado pelos treinadores portugueses no país
"Para ser sincero, acho que um técnico português não assumiria esse cargo. Não porque não queiram ou fossem capazes, mas penso que temos de deixá-lo para um treinador brasileiro. Fomos pentacampeões mundiais com cinco treinadores brasileiros e somos a equipa a ser batida. Temos conquistado títulos e somos vistos como uma das melhores seleções no mundo", observou o ex-defesa, de 51 anos, em entrevista à agência Lusa.
Em 25 de fevereiro, Tite admitiu deixar o escrete após o Campeonato do Mundo, que vai decorrer no Catar, de 21 de novembro a 18 de dezembro, numa prova em que o Brasil é totalista em presenças, vai para a 22.ª, e hegemónico em títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002).
"Se os portugueses são grandes treinadores? São. Acho que precisam também de fazer história na seleção do seu país. Portugal ainda não foi campeão mundial. Está aí uma oportunidade para dois grandes treinadores como Abel Ferreira e Jorge Jesus fazerem história dentro da seleção portuguesa", considerou Cafu, bicampeão em 1994 e 2002.
Marcos Evangelista de Morais, conhecido no mundo do futebol por Cafu, é recordista de internacionalizações pela seleção do Brasil, ao serviço da qual fez 142 partidas e cinco golos, bem como o único jogador a disputar três finais de Mundiais (1994, 1998 e 2002).
O ex-defesa brilhou no São Paulo (1990-1994) e nos italianos da Roma (1997-2003) e do AC Milan (2003-2008), acumulando no palmarés duas Taças dos Libertadores (1992 e 1993), duas Taças Intercontinentais (1992 e 1993) e uma Liga dos Campeões (2006/07).