A Kosmos Global Holding, empresa detida por Gerard Piqué, e a RFEF, Federação Espanhola de Futebol, trabalharam em conjunto para que a Supertaça espanhola passasse a ser jogada na Arábia Saudita e fecharam um contrato que vale 40 milhões por cada edição da prova, sendo que quatro vão para o jogador do Barcelona. Em seis anos, são 24 ME para Piqué, que já se defendeu das acusações.
Corpo do artigo
Gerard Piqué, defesa-central do Barcelona, referiu que não vê qualquer conflito de interesses por fazer negócios com a Federação Espanhola de Futebol através da empresa Kosmos, da qual é um dos proprietários. Numa reportagem publicada na segunda-feira pelo El Confidencial, ficou a saber-se que a companhia do espanhol terá recebido bónus significativos pela organização da Supertaça espanhola, que desde 2020 passou a ser disputada na Arábia Saudita.
Segundo a publicação, o futebolista, através da empresa, terá a receber 24 milhões de euros pelo acordo alcançado para a realização da prova naquele país.
Na noite de ontem, madrugada dentro, Piqué organizou uma conferência de imprensa, no canal pessoal da Twitch, para falar sobre este tema e diz que não há conflito de interesses por negociar com a RFEF, sendo jogador de futebol e internacional pela Roja.
"Há alguma surpresa, concordo. Não é comum um jogador estar envolvido neste tipo de negócios, mas isso é porque os jogadores não se dedicam a este tipo de coisas. Eu gosto e estou bem com isso", referiu.
O central disse que sabe separar os negócios do futebol e que nunca irá pedir ajuda à RFEF. "Nunca na minha vida vou pedir ajuda à RFEF e eles nunca o farão também. Um acordo num negócio não vai afetar nada", atirou.
"Estou apenas a ajudar o presidente a ter uma fórmula que faça sentido. Estou a tentar ajudá-lo. Não tem nada a ver com questões comerciais com desportos. Só trouxe uma oferta para a RFEF. Antes de mudar o formato, geravam-se 120 mil euros e agora são 40 milhões", continuou, garantindo que "não tem nenhum acordo comercial com a RFEF" e que tudo o que foi feito "é legal".
"Estamos a falar de uma coisa legal. Podemos debater a moralidade do ato, mas a única coisa ilegal aqui é a divulgação dos áudios. Em 2019, já era conhecida a existência da comissão para a Kosmos. Oficialmente, cobramos a comissão diretamente da Sela, uma empresa do governo da Arábia Saudita. Em nenhum caso cobramos nada da RFEF. Não tenho nenhum acordo comercial com a RFEF", defendeu o jogador do Barça.
14780597