Autoridades desconfiam que o clube procedeu à "poupança orçamental de forma distorcida" e à "emissão de faturas para operações inexistentes". Salários de Ronaldo sob mira
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O Ministério Público de Turim está, desde a passada sexta-feira, a investigar a administração da Juventus por suspeita da prática de falsificação de orçamento e fraude fiscal nos últimos três exercícios financeiros, ou seja, desde 2018.
Segundo um decreto acedido pelo "Corriere della Sera", as autoridades desconfiam que o clube de Turim procedeu a "poupança orçamental de forma distorcida" e à "emissão de faturas para operações inexistentes", o que despoletou as buscas.
Nesta investigação, os principais alvos são o presidente Andrea Agnelli, o vice-presidente Pavel Nedved, o ex-diretor de futebol Fabio Paratici [atualmente ao serviço do Tottenham] e mais três antigos diretores financeiros do emblema bianconeri.
Os procuradores do Ministério Público de Turim, em conjunto com elementos da autoridade tributária do país, estarão a passar a pente fino os documentos relativos, entre outras movimentações, à aquisição de Arthur e à venda de Pjanic, operações "com pagamentos significativos" a empresários "fora do normal". Mas não só.
As buscas das autoridades estendem-se, refere o "Corriere della Sera", ao "acordo secreto" sobre a remuneração de Cristiano Ronaldo enquanto esteve na Juventus, um "papel que tecnicamente não deve existir" nos gabinetes da Juventus.