Bendtner arrepende-se: "Gostava de voltar atrás no tempo e bater naquele jovem com um martelo"
Jornal inglês The Guardian passou em revista a biografia do avançado dinamarquês, publicada há um ano, na qual faz revelações sobre a vida pessoal e como afetou a carreira profissional
A biografia do avançado Nicklas Bendtner, publicada em novembro de 2019, foi passada em revista, esta sexta-feira, pelo jornal inglês The Guardian, alguns dias depois da celebridade dinamarquesa ter promovido a venda de uma nova edição na rede social Instagram.
Entre algumas das revelações sobre a vida pessoal e profissional do futebolista, Bendtner assumiu que gostava "muito do estilo de vida que vem com o dinheiro", motivo pelo qual, assumiu, não conseguiu atingir o patamar esperado na carreira, mesmo ao evidenciar-se no Arsenal, de Ársene Wenger.
"Há, definitivamente, algum arrependimento por não ter levado a minha carreira por um caminho mais positivo. Ao olhar para trás, fiquei chateado porque há momentos que foram muito dolorosos e difíceis de falar", vincou Bendtner, de 32 anos idade.
O experiente avançado relembrou um desses acontecimentos. Numa das idas ao casino favorito, situado em Londres, "delapidei 400 mil libras em apenas noventa minutos, dinheiro esse que não tinha". Por isso, o dinamarquês, procurou "uma caixa de casino" e conseguiu "mais 30 mil libras para continuar a jogar".
Bendtner explicou ainda o que sentia quando se punha a apostar num estabelecimento de jogos de fortuna ou azar e que isso servia como compensação para as frustações na carreira de futebolista.
"Quando estava lesionado e não conseguia tirar a emoção daquela sensação de estar no campo, o jogo [do casino] deu-me adrenalina. Obviamente que, quanto maior o risco, maior a adrenalina. Então eu apostava alto", contou, dizendo-se arrependido.
O experiente avançado dinamarquês abordou também, na biografia escrita pelo jornalista compatriota Rune Skyum-Nielsen, o facto de ter ficado de fora da lista de convocados da seleção da Dinamarca para o Campeonato do Mundo de 2018.
"Senti-me uma merda, chorei imenso. Gostava de voltar atrás no tempo e bater naquele jovem [nele próprio] com um martelo para o fazer entender a oportunidade que ele tinha, que tinha algo especial para cuidar", desabafou Bendtner.
Ao longo da carreira, que deve prosseguir futuramente na liga chinesa - caso contrário, vai retirar-se dos relvados -, Bendtner atuou no Arsenal (Inglaterra), Birmingham (Inglaterra), Sunderland (Inglaterra), Juventus (Itália), Wolfsburgo (Alemanha), Nottingham Forest (Inglaterra), Rosenborg (Noruega) e Copenhaga (Dinamarca).