Jogadores do City souberam das acusações logo após derrota contra o Tottenham
Bernardo Silva, um dos dois portugueses do Manchester City
foto AFP
A Premier League acusou o Manchester City de ações fraudulentas com contratos de jogadores e treinadores, que resultariam no incumprimento do fair-play financeiro desde 2008, ano de compra do clube.
Na segunda-feira, a Premier League acusou o Manchester City de mais de 100 irregularidades financeiras relacionadas com contratos de jogadores e treinadores desde 2008, ano de compra do clube por parte do Abu Dhabi United Group, fundo de investimento presidido por Mansour bin Zayed Al Nahyan.
As acusações, que surgiram de uma investigação levada a cabo durante os últimos quatro anos, incluem não declarar "informação verdadeira", quebrar as regras do licenciamento e fair-play financeiro da UEFA, não cumprir as regras de lucro e sustentabilidade da Premier League, esconder a real fonte de rendimentos, declarar apenas partes dos salários de jogadores e treinadores e obstruir deliberadamente a investigação em curso desde 2018.
De acordo com o jornal The Athletic, Khaldoon Al Mubarak, presidente do bicampeão inglês, reuniu-se com os jogadores e ainda o treinador Pep Guardiola logo após a derrota frente ao Tottenham (0-1), no domingo, para inteirar a equipa das acusações que um dia depois tarde foram anunciadas pela Liga inglesa.
Já o tablóide The Sun acrescenta que os dirigentes dos cityzens esperam que o técnico catalão, que renovou recentemente contrato até 2025, já tenha saído do cargo antes que o clube seja alvo de sanções por parte da Premier League, que podem ir de uma redução de pontos até à despromoção na secretaria.
Em maio de 2022, Guardiola já havia garantido em conferência de imprensa: "Se me mentirem, já não estarei aqui no dia seguinte". De resto, o jornal Daily Mail garante que o Manchester City já contratou Lord Pannick KC, um dos advogados mais conhecidos e conceituados na Grã-Bretanha, para a sua defesa.
Esta não é a primeira vez que o advogado defende o clube inglês, tendo sido essencial no processo que revogou a proibição da sua participação em provas europeias em 2020, devido a incumprimento do fair-play financeiro da UEFA.