A mais recente cartada de Dani Alves no processo em que é acusado de violação

Dani Alves

 foto AFP

Lateral brasileiro terá contratado uma agência de comunicação.

Acusado de violar uma jovem espanhola numa discoteca de Barcelona, Dani Alves vai procurando recolher "armas" que o livrem da prisão onde está detido. A última delas, segundo garante o El Confidencial Digital, é a contratação de uma agência de comunicação.

O nome da agência não foi revelado, mas as tarefas parecem claras. Além de melhorar a imagem do lateral internacional brasileiro, por esta altura bastante manchada, terá de recolher todas as notícias e informações que saem sobre o caso em Espanha num curto espaço de tempo após as mesmas serem divulgadas.

Em fevereiro passado, recorde-se, um tribunal espanhol rejeitou o recurso para a libertação sob fiança de Dani Alves, considerando haver risco de fuga. Segundo noticiou a Associated Press, o tribunal sustentou haver o risco de fuga de Dani Alves, pelo que deve permanecer detido enquanto a investigação se desenrola.

Um juiz tinha determinado a sua prisão preventiva, após as investigações iniciais das autoridades.

Num comunicado enviado à EFE, o advogado de Dani Alves, Cristóbal Martell, classificou de "assimétrica" a decisão do tribunal e afirmou que o internacional brasileiro "continua a ser tão inocente" quanto o era no início do processo.

De resto, o causídico rejeitou que houvesse risco de fuga caso o jogador fosse libertado sob fiança, salientando que Alves "nunca teve qualquer intenção de sair de Espanha e evitar o processo" que decorre na Justiça espanhola.

Dani Alves foi detido em 20 de janeiro, após se apresentar na polícia, sendo investigado por alegada agressão sexual ocorrida em dezembro. O jogador foi intimado a apresentar-se no comissariado de Les Corts de Barcelona, na sequência do inquérito por alegado delito de agressão sexual, cuja denúncia foi apresentada em 02 de janeiro.

Inicialmente, Alves negou conhecer a alegada vítima, mas, após recurso aos vídeos de vigilância, ficou claro que o brasileiro mentiu, situação que levou à sua detenção.

Os factos alegados teriam ocorrido na noite de 30 para 31 de dezembro e a denúncia apresentada em 2 de janeiro.

Em 1 de fevereiro, os advogados do jogador informaram que este estava disponível para entregar o seu passaporte às autoridades espanholas e também usar um dispositivo de localização para poder sair em liberdade.

De acordo com os advogados do internacional brasileiro, que apresentaram o recurso num tribunal de Barcelona para libertação do jogador de 39 anos, estava também disponível para se apresentar em tribunal e às autoridades quantas vezes forem necessárias, incluindo diariamente.

Os advogados de Alves defenderam ainda que a sua detenção sem fiança não se justifica, já que não existem provas suficientes sobre a alegada violação a uma mulher numa discoteca de Barcelona.

Dani Alves, que esteve no Mundial'2022, no Catar, teve uma carreira de sucesso no FC Barcelona, tendo também representado Juventus e Paris Saint-Germain, entre outros, numa carreira repleta de sucessos, que o levou a ser o jogador mais titulado do mundo, com 42 troféus.