Infantino na abertura do Mundial: "Em criança fui alvo de bullying por ter cabelo ruivo e sardas"
Presidente da FIFA, em discurso de abertura do Campeonato do Mundo, que vai disputar-se entre 20 de novembro e 18 de dezembro no Catar, criticou "hipocrisia" europeia.
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Ligação com o Catar: "Hoje sinto-me qatari; hoje sinto-me árabe; hoje sinto-me africano; hoje sinto-me gay; hoje sinto-me deficiente; hoje sinto-me um trabalhador migrante... Claro que não sou qatari, árabe, africano, gay ou deficiente. Mas sinto-me como tal, pois sei o que é ser discriminado, como estrangeiro num país diferente. Em criança fui alvo de bullying por ter cabelo ruivo e sardas. E sendo italiano imaginem... O que fazer então? Tenta-se criar lanços e fazer amizades. Não começas com acusações, lutas ou insultos. Tentas fazer uma ligação. É isto que deveríamos estar a fazer."
Hipocrisia nas críticas europeias: "Tendo em conta o que nós, europeus, andámos a fazer nos últimos 3 mil anos, devíamos era estar a pedir desculpas nos próximos 3 mil anos antes de começar a dar lições de moral. Se a Europa realmente quisesse saber destes jovens, faria como o Catar: criaria canais legais, albergando uma percentagem desses trabalhadores. Dar-lhes esperança. Isto significa que não deveríamos estar a apontar o dedo ao que não funciona. Estas lições de moral num só sentido... são apenas hipocrisia."
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Defesa pública do Catar? "Não tenho de defender o Qatar, eles sabem defender-se sozinhos. Estou aqui a defender o futebol e a injustiça."