Duas irregularidades no penálti do Atlético de Madrid: saiba o que está em causa

Duas irregularidades no penálti do Atlético de Madrid: saiba o que está em causa
Manuel Casaca

O Atlético de Madrid falhou um penálti contra o Bayer Leverkusen que podia ter dado a vitória aos colchoneros. Mas houve duas irregularidades que escaparam à equipa de arbitragem.

O Atlético de Madrid-Bayer Leverkusen foi um jogo de emoções fortes. Principalmente nos segundos finais. O árbitro da partida, Clemént Turpin, já tinha apitado para o final do encontro, quando, após intervenção do VAR, "retomou" o encontro para assinar uma grande penalidade.

Yannick Ferreira Carrasco assumiu a responsabilidade e atirou para a defesa de Lukas Hradecky, guarda-redes da equipa alemã. A bola sobrou para Saúl Ñíguez que, na recarga, atirou à trave. O travessão ainda "devolveu" a bola para o coração da área e houve tempo para novo remate, mas este não levou a direção da baliza e o jogo terminou com o empate (2-2), o que permitiu ao FC Porto garantir o apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões.

Mas no meio de toda esta confusão, aconteceram duas irregularidades que escaparam à equipa de arbitragem. Primeiramente, João Félix, que estava colocado perto da linha de fundo, não podia estar naquele local - tinha de estar posicionado atrás da linha da bola. Depois, a recarga ao penálti não deveria ter sido permitida, pois o jogo já tinha chegado ao fim.

Consultado por O JOGO, o ex-árbitro Jorge Coroado explica as infrações. "Na execução de um pontapé de penálti, segundo a Lei XIV, todos os jogadores, para além do executante e do guarda-redes, devem encontrar-se: pelo menos a 9,15 metros da marca de penálti; atrás da linha da bola; dentro do terreno de jogo; e fora da área de penálti". Uma destas alíneas não se cumpriu, dado que o avançado internacional português estava à frente da linha da bola.

Quanto à segunda regra infringida, "se um pontapé de penálti tiver de ser executado ou repetido, a duração de cada parte deve ser prolongada até que o pontapé de penálti seja concluído (a partir do momento em que o guarda-redes defendeu para a frente, o penálti ficou concluído)", explicou Jorge Coroado.

Há bem pouco tempo, em Portugal, uma situação idêntica à protagonizada por João Félix aconteceu no Valadares-Chaves, da terceira eliminatória da Taça de Portugal. Foi assinalado um penálti a favor da equipa gaiense e o juiz da partida, Ricardo Baixinho, da AF Lisboa, não permitiu que um jogador dos flavienses estivesse à frente da linha da bola, apesar de estar fora da grande área.