Zabiri destacado pelo selecionador de Marrocos: "Não sabia se podia vir..."
Jogador do Famalicão foi a estrela da final do Mundial de sub-20
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O selecionador de Marrocos, Mohamed Ouahbi, afirmou que uma combinação de trabalho de equipa e solidariedade dentro e fora do campo, juntamente com o talento, foram fundamentais para a vitória por 2-0 sobre a Argentina, na final Campeonato do Mundo de Sub-20, no Chile.
"A responsabilidade com que os jogadores trabalharam foi a chave para a transformar em energia, isso é o mais importante. Esta transformação em energia é o fruto de um trabalho árduo. Quando os jogadores chegaram ao Mundial, estavam todos conscientes de que se tratava de um trabalho coletivo e solidário e que, sem isso, não se pode ganhar o Mundial. Houve dois jogadores que fizeram a diferença, mas não sabiam se podiam vir e este é um trabalho diário", acrescentou.
Neste sentido, elogiou "o sacrifício" e o empenho de Yassir Zabiri, Bota de Ouro e melhor jogador da final - segundo em todo o torneio, atrás do companheiro Othmane Maamma -, que deu prioridade ao Mundial em detrimento do seu clube, Famalicão, mesmo perante a possibilidade de ser suplente, o que não se verificou. "Esta ideia de um coletivo tão rigoroso, tão severo, permitiu-nos construir um verdadeiro grupo, todos os jogadores colocaram o seu talento ao serviço do coletivo. Quem não colocar o seu talento ao serviço do coletivo não vai ser selecionado", avisou Ouahbi, questionado se esta será a base da seleção marroquina para o Mundial 2030, que se disputará em Espanha, Portugal e no próprio país africano.
"Sabíamos que a Argentina era uma equipa muito agressiva, isso não é uma crítica. Tínhamos de manter a cabeça fria e fizemo-lo de forma fenomenal. Eles tinham muitos cartões amarelos e, a nível tático, não vou falar muito sobre isso, porque com a emoção é difícil, mas marcámos rapidamente onde queríamos prejudicá-los, na sua retaguarda", disse Ouahbi. "Podíamos ter marcado mais golos, mas eles têm muito bons jogadores e defendemos muito bem", acrescentou, antes de elogiar toda a sua equipa técnica e insistir que Marrocos não foi obra de uma só pessoa.
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