Xavi explica saída do Barcelona: "Não é pelas críticas nem pela minha saúde mental"
O treinador catalão apontou ainda o dedo ao Real Madrid, à imagem do seu presidente, acusando-o de adulterar a Liga espanhola com favorecimentos da arbitragem
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Xavi garantiu esta sexta-feira que a sua saída do comando técnico do Barcelona, no final da época, não se deve às críticas da imprensa espanhola nem a um desgaste mental, mas sim por ter falhado objetivos definidos pelo clube.
Em conferência de imprensa de antevisão ao próximo jogo do Barça, que visita o Alavés no sábado (17h30), em jogo da 23.ª jornada da LaLiga, o técnico catalão voltou a explicar o que o levou a decidir sair do clube.
"Se os objectivos não forem atingidos, tenho de me ir embora. Sempre vos disse isso. Quando cheguei, fizemos uma boa época e o objetivo foi muito bem alcançado, com a possibilidade de lutar pela LaLiga. O segundo ano foi muito bom, mas neste não estamos a corresponder às expectativas, embora ainda não tenha terminado e possamos competir por dois títulos [LaLiga e Liga dos Campeões]. Quando os objetivos não são atingidos... foi por isso que tomei a decisão. Não me vou embora por causa da imprensa ou por causa da minha saúde mental, é porque os objetivos não foram atingidos. O clube precisa de uma mudança para o seu bem”, defendeu.
Xavi aproveitou ainda para criticar o calendário pesado do Barcelona e, à imagem do seu presidente, Joan Laporta, visou o grande rival Real Madrid, considerando que está a adulterar a Liga espanhola ao ser beneficiado com decisões de arbitragem.
"As viagens acumularam-se, com muitos jogos fora, pouco tempo para descansar. Jogando de três em três dias, mal se pode treinar. Foi o pior calendário, nenhuma equipa na Europa ou no mundo teve este tipo de calendário e isso explica as lesões. Mas durante a época não tivemos tantas, também temos uma situação infeliz. Não conseguimos descansar o suficiente para competir bem", lamentou.
“Real Madrid? Já disse que não gosto que os árbitros sejam condicionados. Acho que isso adultera a competição e os árbitros são condicionados. O caso Negreira não nos ajudou. É uma realidade, mas temos de competir com ela. Partilho a cem por cento as palavras do presidente", frisou.
O Barcelona segue na quarta posição da LaLiga, com os mesmos 47 pontos do Atlético de Madrid (terceiro) e a dez do líder Real Madrid (57). Já o seu próximo adversário, o Alavés, é 11.º classificado, com 26.