Wenger e o regresso de Ronaldo a Old Trafford: "Não me parece que tenha sido 100% racional"
Ex-técnico francês crê que Alex Ferguson foi preponderante para assegurar da contratação do craque e evitar uma ida para o grande rival de Manchester
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A despoletar reações várias de (antigas) figuras do futebol, o regresso de Ronaldo ao Manchester United deveu-se, na perspetiva de Arsène Wenger, diretor da FIFA, também por fatores emocionais, pelo que duvida da total racionalidade da decisão.
"Não foram só razões meramente desportivas, foram também emocionais. Não me parece que a decisão tenha sido 100 por cento racional. Encontrar um equilíbrio na equipa é um grande desafio", afirmou o antigo técnico do Arsenal ao jornal alemão 'Bild'.
Além disso, Wenger vincou a preponderância do ex-treinador escocês Alex Ferguson, que orientou Ronaldo em Old Trafford, entre 2003 e 2009, no assegurar da contratação do craque e evitar uma ida para o grande rival citadino.
"Penso que Sir Alex desempenhou um grande papel. Ele [Ronaldo] devia ter ido para Arsenal em 2003 e Ferguson levou-o para longe de mim. Agora, fê-lo com o Manchester City", disse o francês, aprofundando um antigo volte-face na carreira de CR7.
"Ronaldo estava no nosso campo de treino e já vestia uma camisola do Arsenal. Mas, nessa altura, Carlos Queiroz era o assistente de Sir Alex e convenceu-o a comprar o Ronaldo, à época com 18 anos. Só podíamos pagar quatro milhões de euros. O Manchester United pagou 12", revelou o diretor técnico da FIFA.
Doze anos depois de trocar o Manchester United pelo Real Madrid, Cristiano Ronaldo decidiu regressar ao emblema de Old Trafford. A transferência foi oficializada no passado dia 27 de agosto e o contrato do craque português é válido até 2023.