Técnico do Wolverhampton recorda, em entrevista exclusiva, o que a sua equipa fez em Liverpool, pressionando os reds apesar do desaire, e diz que é preciso “forçar o adversário a reagir” ao seu jogo
Corpo do artigo
Habituado a correr por títulos, agora está num clube que lutava para não descer. Teve de mudar o chip ou, pelo contrário, tenta implementar as suas ideias no clube para criar uma mentalidade mais exigente e de vitória?
—Quero ganhar sempre, quero competir sempre, até o último minuto, independentemente de jogarmos em casa ou jogarmos fora. Gosto de ver a minha equipa a propor o jogo, gosto de ver uma equipa a pressionar, gosto de ver uma equipa com comportamentos de clube grande, não sou treinador de equipa pequena, no sentido de jogar lá atrás à espera do erro e de ir à pesca, isso não é o meu futebol. O objetivo é fazer evoluir o jogo de uma equipa que pode não ser da dimensão de outros clubes naquela liga, apesar de ter uma história muito bonita também, mas quero que se olhe para o Wolverhampton e se veja ali uma identidade e um querer jogar de determinada forma, sempre com intenção e com coragem.
Fê-lo em diversos jogos com equipas de topo, como com o Manchester City...
—Fizemos alguns jogos. Com o Liverpool também, na segunda parte, a perder, fomos para cima e o Liverpool não chegou uma vez à nossa baliza, salvo erro, foi algo que nunca tinha acontecido. Jogar em Anfield e pressioná-los de uma forma que eles não chegam uma vez à nossa baliza é uma coisa que não é para uma equipa de pensamento pequeno, de ficar lá atrás à espera para não sofrer mais. E isso também se muda. Porque muitas vezes não é só o táctico. Vai-se incutindo esse espírito de competir com as nossas armas, independentemente do adversário. Devemos forçar sempre o adversário a jogar e a reagir ao nosso jogo. Não gosto de estar sempre a reagir ao jogo do adversário, sempre fui assim..