Vítor Pereira aguarda pela chegada de vários jogadores que lhe permitam ter outro tipo de armas para atacar a Premier League em 2025/26, conforme realça em entrevista a O JOGO
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Nélson Semedo terminou o contrato, mas já disse que gostaria muito de contar com ele. É mesmo um caso perdido para o Wolverhampton?
—Já não é nosso jogador. O Nélson, com pena minha, porque gosto muito dele. Ajudou-me muito como capitão de equipa...
Ainda pensa no Nélson Semedo ou é página fechada?
—O Wolverhampton não pode ficar eternamente à espera do Nélson. O clube irá procurar reforçar-se nessa posição fundamental para a nossa estrutura, os jogadores que vão por fora. Perdemos o Nelson à direita, perdemos o Ait-Nouri à esquerda, que são dois jogadores com um andamento muito grande, cada um à sua maneira. Perdemos o [Matheus] Cunha, que também foi determinante pelos golos e pelas assistências. E perdemos o Pablo Sarabia, que era sempre uma primeira opção para entrar e mexer com o jogo. Temos que repor...
Ficou com Strand Larsen e contratou Fer López...
—Sim, mas o Larsen já cá estava. E temos o Fer López. Tem muita qualidade, é um miúdo, mas precisamos de mais gente. Precisamos de alas, precisamos de mais dois jogadores para a frente, no mínimo, precisamos de mais um médio, não sei também se um jogador para trás, um canhoto, que também é importante, porque estamos sempre um bocadinho à mão do Toti [Gomes], porque se o Toti se lesiona depois já não temos ninguém.
O clube vai conseguir contratar todos esses jogadores?
—Eu estou à espera, sinceramente acredito que o clube tem estado a trabalhar, só que o mercado não é fácil, é fácil para as equipas que têm muito dinheiro, que é só chegarem e vão buscar aquilo que querem. Tenho assistido a algumas contratações milionárias, mas nós não temos essa capacidade, por isso temos de ser mais organizados.
O novo Matheus Cunha está por chegar...
—O Matheus Cunha, o Nélson Semedo, o Ait-Nouri, o Sarabia, um médio... No ano passado claramente sentimos que precisávamos de um médio. Mais um jogador, mais uma solução de ataque, vamos ver. Estou um bocadinho preocupado como treinador, mas é claro que tenho de compreender o mercado. Tenho de compreender que o mercado não é fácil, mas o tempo vai passando e eu sei que daqui a um mês vamos enfrentar o City já carregado de reforços e não podemos cometer o mesmo erro do ano passado, que foi começar mal o campeonato, cair na zona de descida e depois é uma aflição. Devia estar a trabalhar neste momento com toda a gente, para estarmos a preparar-nos para aparecermos o mais competitivos possível logo no início, mas estou a trabalhar com dez ou 12 miúdos da formação e a não poder preparar-nos convenientemente e como devíamos, porque faltam posições fundamentais na equipa e estamos à espera.
“Conheço muito bem o Arias”
Jhon Arias, atacante do Fluminense, está em vias de ser oficializado pelo Wolverhampton, tendo já despedido-se dos cariocas. Uma transferência que deverá custar 22 milhões de euros. Aquando da realização da entrevista, Vítor Pereira ainda não tinha certezas quanto à chegada do internacional colombiano e jogou à defesa. “O Arias conheço muito bem, porque estive no Brasil. Não sou muito de construir castelos na areia, gosto de coisas sólidas e falo sempre de reforços que chegam. Por isso é que posso falar do Fer López, porque ele já está cá. É um jogador de qualidade, de presente e de futuro”, atira.