Tal como O JOGO revelou na edição de sexta-feira, Vítor Pereira é o desejado por Bruno de Carvalho para suceder a Jesus em Alvalade. "Por respeito", o técnico não revela nomes de clubes com quem falou.
Corpo do artigo
Vítor Pereira explica que o Sporting "apanhou várias pedradas" esta época, sendo a maior quando perdeu com o Benfica, o que foi marcante.
Vê-se a regressar a Portugal no curto prazo?
-Saí de Portugal satisfeito com o que fiz, mas sou ambicioso e não gosto de ficar numa zona de conforto, gosto de me desafiar pois sei que, dessa forma, estou ao meu melhor nível, no top. Preciso de exigência máxima e de ter pressão.
Está pronto a treinar, um dia Benfica ou Sporting?
-Sim, claro. Oiço muitas frases feitas sobre essas coisas, mas eu sou honesto. Nunca direi que não vou trabalhar no Benfica, no Sporting ou onde for. Sou profissional, apaixonado pelo futebol e, se as pessoas me apresentarem um projeto que agrade, porque não aceitar?
E já teve convites dos grandes desde a saída do FC Porto? De quem?
-Tive alguns convites, mas sou incapaz de falar de um clube que me tenha abordado e com o qual não se tenha chegado a um fim. Era falta de respeito.
Percebe os gestos de desespero de Jesus em Chaves? Fez lembrar o ajoelhar no Dragão?
-Desesperado também eu fico e só estou há duas semanas aqui no Munique (risos). Mais a sério, não sei como há treinadores de braços cruzados e sentados o jogo todo, eu tenho necessidade de sentir o jogo, de estar focado no que vai acontecer e ver à frente para dar um feedback de qualidade. E não falo do feedback do "vamos, vamos" (risos). As reações de Jesus são naturais. Mas vejo no Sporting que, quando se falha um golo, todos põem as mãos à cabeça, o que é sinal que os jogadores sentem a corda no pescoço. Precisam de ganhar jogos para voltar ao comboio.
Como "lê" a época do Sporting e o seu afastamento das decisões?
-O Sporting estava numa dinâmica de recuperação com Marco Silva, Leonardo Jardim e, com Jorge Jesus no ano passado, aproximou-se muito da luta pelo título. No entanto, saíram jogadores importantes e o clube teve azar no sorteio da Liga dos Campeões, ao apanhar Real Madrid e Dortmund, apesar de ninguém esperar que também não se qualificasse para a Liga Europa. O jogo com o Benfica [na 13.ª jornada] marcou a época do Sporting: se tem ganho, provavelmente era agora o líder do campeonato. A equipa levou uma pedrada e mais outras com as saídas da UEFA, da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Não será fácil dar a volta aos pontos de atraso na Liga.
Leia a entrevista completa na edição impressa a e-paper.