Nélson Semedo, capitão do Wolverhampton, salientou o pouco tempo que o treinador português precisou para inverter o momento negativo que o clube atravessava até á sua chegada
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Nélson Semedo, internacional português e capitão do Wolverhampton, destacou este sábado o facto de Vítor Pereira ter precisado de apenas três jogos (duas vitórias e um empate) para retirar o clube da zona de despromoção da Premier League, seguindo atualmente no 17.º lugar, com 16 pontos.
Em declarações à Sky Sports, o lateral-direito salientou o pouco tempo que o compatriota precisou para explicar as suas ideias de jogo à equipa, que começou a época ao leme do inglês Gary O’Neil.
“A principal coisa que precisávamos era de uma mudança. Vítor chegou com o seu staff e depois de três dias, parecíamos uma equipa diferente, uma versão melhor de nós mesmos. Sabíamos todos que tínhamos isto, mas não conseguimos chegar a este nível antes. Começou tudo no campo de treinos. No final do dia, era uma questão de detalhes. Ele demorou talvez duas horas a explicar como queria que nós jogássemos, como queria que pressionássemos e defendêssemos. Agora, toda a gente está feliz e seguimos em frente”, apontou.
“Ele é muito exigente, mas também é um bom ser humano. Por exemplo, tivemos dois dias de folga no Ano Novo porque ele percebeu que o merecíamos. Ele sabe quando deve dar um pequeno doce aos rapazes. Eles voltaram mais felizes e com mais energia”, contou.
Nesse âmbito, Semedo destacou o avançado português Gonçalo Guedes, com quem também coincidiu no Benfica, como um dos jogadores que mais se “transformou” desde a chegada de Vítor Pereira ao banco dos Wolves.
“Ele está feliz aqui e realmente focado. Penso que ele agora é um homem diferente. Ele tem um bom entendimento do jogo e joga do meu lado, por isso nem precisamos de falar. Ele adaptou-se muito bem e tem estado muito bem. Eu estou novamente alto no terreno e, para ser honesto, é aí onde prefiro estar. Temos os centrais, extremos e médios-defensivos, mas também temos Cunha e Guedes como números 10, a descer mais fundo, o que nos dá mais tempo para reagir quando perdemos a bola. Tenho a certeza de que dá para ver essa mudança, no sentido de que, quando perdemos a bola, somos capazes de a recuperar logo, porque estamos mais juntos”, explicou.
O próximo desafio do Wolverhampton será uma receção ao surpreendente Nottingham Forest, de Nuno Espírito Santo, que ocupa a terceira posição da Premier League à entrada para a 20.ª jornada. Em relação a esse adversário, Semedo só teve elogios para dar.
“Sendo honesto, não estou surpreendido, porque sei o quão exigente [Nuno Espírito Santo] também é e o quão bom ele é, assim como o seu staff. Eles são muito bons no que fazem e sabemos que será um jogo duro, mas eles também devem esperar um bom adversário, jogando em casa com uma massa adepta barulhenta e que irá puxar por nós. Recuperámos a confiança que temos agora e sentimos como se estivéssemos novamente num bom lugar”, concluiu.