Vítor Pereira avisa Matheus Cunha e fala de Lemina: "Está fora até ao fim do mercado"
Após a derrota do Wolverhampton diante do Chelsea, o treinador português criticou a atitude de Matheus Cunha, que foi logo para os balneários em vez de agradecer aos adeptos, e explicou que Mario Lemina continuará afastado das suas opções enquanto o mercado estiver aberto
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Depois de o Wolverhampton ter sido derrotado na visita ao Chelsea, por 3-1, na segunda-feira, Vítor Pereira assumiu que não gostou da nada da atitude de Matheus Cunha, que foi logo para os balneários após o apito final, em vez de agradecer aos adeptos visitantes juntamente com a sua equipa.
Em declarações à BBC, o técnico português apontou “que isto é algo que não pode acontecer”, especialmente tendo em conta o papel de liderança que o avançado brasileiro exerce nos Wolves.
“Ele é capitão. Pode ficar frustrado, uma vez que queria vencer, mas toda a gente no balneário queria vencer. Não gosto da sua linguagem corporal. Eu quero um capitão que tenta ajudar a sua equipa ao correr, sofrer e lutar juntos. Mas eu entendo-o agora. Na próxima vez, não o entenderei”, vincou.
Noutro tópico, Vítor Pereira explicou que Mario Lemina vai continuar afastado das suas opções pelo menos até ao encerramento deste mercado de janeiro, depois de o médio gabonês, ex-capitão, se ter pedido desculpa, segundo a imprensa inglesa, por ter pedido para sair do clube neste mês, em função de um interesse dos sauditas do Al Shabab na sua contratação.
“Para mim, ele está fora até ao final do mercado. Quando o mercado fechar, verei se ele é meu jogador. Se ele for, é um problema que resolvo, porque ele é um bom jogador. Ou então sai e deixa de ser meu problema. Eu não quero um jogador com dúvidas, não consigo jogar com alguém que tem dúvidas na cabeça. Quero jogadores comprometidos com o projeto. Ele está a treinar, mas de momento a sua mente não está bem, porque ainda continua a querer sair. Tenho de ser honesto e dizer o que aconteceu. Vou esperar até ao final do mercado para ver”, referiu.
A jornada 22 da Premier League terminou na segunda-feira, em Stamford Bridge, e com vitória do Chelsea, por 3-1, sobre o Wolverhampton. Um resultado que permitiu aos blues interromper uma série de cinco jogos sem ganhar na liga inglesa e, ainda, recuperar o quarto lugar (o último de acesso à Champions) na classificação.
Quanto aos Wolves, somaram a terceira derrota consecutiva na prova e seguem no 17.º lugar, o primeiro acima dos lugares de descida, embora em igualdade pontual com o Ipswich, que é 18.º.
Iniciando o jogo com Pedro Neto no onze, o Chelsea chegou à vantagem aos 24 minutos, na sequência de um canto, com Aderabioyo a desviar a bola de José Sá. Inicialmente o árbitro anulou o lance por fora de jogo, mas o VAR viria depois a confirmar a legalidade do mesmo. O Wolverhampton, que além do guardião luso entrou em campo com Nélson Semedo a capitão, respondeu bem e chegaria à igualdade também de canto, já nas compensações. Um lance em que Sánchez falhou clamorosamente, aproveitando Doherty para encostar para as redes.
A partida ficaria depois, já na segunda parte, decidida em poucos minutos. Cucurella iniciou e finalizou, na área, o lance do 2-1 aos 60’ e seis minutos volvidos Madueke ampliou em novo lance de bola parada. As entradas de João Félix, no Chelsea, e de Gonçalo Guedes e Rodrigo Gomes, nos Wolves, nada mudaram até final do desafio.
Autor do único golo dos forasteiros, Doherty assumiu à Sky Sports: “Vítor Pereira chegou e trouxe uma nova vida para muitos jogadores, inclusive para mim. Talvez passe melhor a mensagem aos jogadores que falam português, eles parecem ter-se apegado a ele. Saiu-se muito bem e gostamos das suas ideias. Só precisamos de ser melhores do que hoje [ontem]”.