"Violação acidental": futebolistas espanhóis fazem circular contrato de consentimento sexual
Após o caso da acusação de agressão sexual contra Rafa Mir, do Valência, veio a público um alegado contrato que os jogadores estarão a fazer circular por recearem serem alvo de falsas acusações
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As acusações de agressão sexual contra jogadores de futebol têm vindo a aumentar internacionalmente e após o caso de Rafa Mir, do Valência, os futebolistas espanhóis estarão a fazer circular entre eles uma polémica minuta de um contrato de consentimento sexual para as relações casuais que possam vir a ter, com receio de serrem falsamente acusados.
A denúncia foi feita por Miguel Galán, presidente da CENAFE (Centro Nacional de Formación de Entrenadores de Fútbol), que mostrou nas redes sociais o documento que lhe chegou às mãos.
No contrato, que especialistas já disseram não ter validade em tribunal, estabelecem-se as condições para uma relação íntima ao pormenor, desde a duração de atividades sexuais, o que é permitido e consentido, os métodos contracetivos a usar, até a um ponto polémico denominado "violação acidental".
A minuta de três páginas, escrita em inglês, é dividida em oito pontos. A "violação acidental" refere-se à penetração num orifício não consentido inicialmente no acordo, o que poderá ser considerado agressão sexual ou acidente.
Além do caso Rafa Mir, o de Dani Alves também deixou os jogadores inquietos. "Por medo a que uma mulher os engane e pregue uma rasteira, ou apresente uma denúncia falsa, querem burocratizar as relações", afirmou Galán.
Apesar de se referirem a jogadores espanhóis que circulam o documento, não há relatos de que alguma vez tinha sido usado em Espanha. Há vozes no país vizinho que falam em contrato absurdo, sem validade legal, e que parecem do mundo da prostituição. Também se refere que isto poderá suceder noutros meios que não o desportivo, com outras figuras públicas.