O antigo treinador do Benfica e o ex-lateral esquerdo do Sporting foram alvo de insultos racistas durante a vitória do Sevilha em casa do Getafe, o que motivou inclusive uma paragem do jogo
Corpo do artigo
Vinícius Júnior, extremo do Real Madrid que se assumiu como a principal cara da luta contra o racismo na LaLiga, reagiu no sábado após Quique Flores e Marcos Acuña terem sido alvo desse tipo de insultos durante a vitória do Sevilha em casa do Getafe (1-0), na 30.ª jornada do campeonato.
A situação escalou ao minuto 68, altura em que o árbitro Iglesias Villanueva interrompeu o jogo por causa de um insulto racista na direção de Acuña, antigo lateral esquerdo do Sporting, que terá ouvido gritos de “mono” [macaco, em espanhol]. Já o ex-treinador do Benfica terá sido visado com gritos de “cigano”.
A principal divisão de Espanha não foi a única a ter protagonizado este tipo de cenas lamentáveis, já que o terceiro escalão assistiu a um cenário ainda mais grave, no qual Cheikh Sarr, guarda-redes senegalês do Rayo Majadahonda, foi expulso contra o Sestao após tentar agredir em pleno jogo um adepto que o tinha insultado racialmente.
Na sequência desse momento, toda a equipa mostrou-se solidária com o guardião, abandonando o relvado e decretando a suspensão do encontro aos 87 minutos.
Em reação a este acumular de episódios, Vinícius Júnior, que estará ausente por lesão do jogo que o Real Madrid terá este domingo, frente ao Athletic Bilbau (20h00), recorreu às redes sociais para elogiar a atitude dos nomes visados por comportamentos racistas e reclamar castigos mais pesados para quem adota este tipo de comportamentos discriminatórios.
“Este fim de semana, nem sequer jogarei, mas tivemos três casos desprezíveis de racismo em Espanha só neste sábado. Todo o meu apoio para Acuña, o treinador Quique Flores, do @SevilhaFC, Sarr e para o @RMajadahonda. Que a vossa valentia inspire os demais. Os racistas devem ser expostos e os jogos não podem continuar com eles nas bancadas. Só venceremos quando os racistas saírem diretamente dos estádios para a prisão, o lugar que merecem”, escreveu.