Vice-presidente do Barcelona crê que Superliga "precisa de ser revitalizada"
Projeto elitista, criado por Real, Barcelona e Juventus, como que recebeu luz verde dado que a UEFA foi judicialmente obrigada a anular castigos aplicados aos fundadores
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"Braço-direito" de Joan Laporta, presidente de um dos clubes fundadores da Superliga Europeia, o vice presidente culé Eduard Romeu afirmou que a competição precisa de ser alvo de uma reformulação, pelo que não estará colocada de parte.
"Deve ser repensado. É um bom projeto, mas discordamos de como foi executado. Precisa-se de mais consenso. As federações e as ligas têm de se sentir confortáveis e os clubes livres. Podemos construir algo que provavelmente será diferente do que tínhamos pensado, mas no qual todos nós podemos encaixar. Precisa de ser ressuscitado de outra forma", afirmou o dirigente, citado pelo "Mundo Deportivo".
Romeu sublinhou que a criação da competição restrita deveu-se à necessidade sentida pelos clubes que inicialmente a subscreveram de obter e/ou beneficiar de melhores condições financeiras, superiores às dadas atualmente pela UEFA.
"É uma situação partilhada por todos os clubes, mesmo aqueles que partiram devido a pressões bastante políticas nos seus países", referiu o vice-presidente do Barcelona, aludindo aos nove clubes desistentes - Arsenal, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Tottenham, Liverpool, Milan, Atlético Madrid e Inter de Milão.
O projeto elitista da Superliga, que foi criado por Real Madrid, Barcelona e Juventus, como que recebeu luz verde dado que a UEFA foi judicialmente obrigada a anular os castigos aplicados ao trio por o terem feito à revelia do organismo.
O juiz do 17.º Tribunal de Madrid frisou que a UEFA está "fora do Estado de direito, na promoção de práticas que comprometem o princípio da livre concorrência no mercado para a organização de competições de futebol profissional na União Europeia".
Como que respaldado pelo tribunal, o presidente do Barça anunciara, no passado mês, que a administração da Superliga está a trabalhar no seu relançamento com uma empresa de marketing para a melhoria da imagem e que pensa mudar o formato.
Segundo o manifesto a que a Der Spiegel teve acesso, a competição que abalou as estruturas do futebol europeu em abril passado, passaria a ter duas divisões, com promoções e despromoções incluídas - bem ao contrário do previsto inicialmente.