Adama Traoré cresceu num ambiente complicado, dominado por grupos étnicos rivais, mas a sua paixão e talento pelo futebol desviaram-no de problemas
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Adama Traoré, extremo do Wolverhampton, numa entrevista dada ao jornal espanhol Sport, falou dos tempos difíceis vividos na escola e os primeiros passos no futebol.
O jogador, de 24 anos, que hoje é estrela da liga inglesa e considerado um dos mais rápidos, a par de Kylian Mbappé, revelou cedo o talento para jogar futebol, mas na escola passou por tempos conturbados.
"Andei à pancada, claro. No colégio onde estava, havia gangues e fui tentado a entrar num. Nessa altura, pertencer a um gangue era algo muito popular, mas eu e o meu irmão tínhamos outra forma de pensar e queríamos era ser futebolistas. Entre os gangues havia muita rivalidade e andavam à pancada constantemente. Vi pistolas e também pancadaria com tacos de basebol, facas, garrafas, havia de tudo", contou Traoré, com raízes no Mali mas que nasceu na cidade catalã de L'Hospitalet de Llobregat (Barcelona).
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A sua fama na zona cresceu rapidamente e em pequeno, recorda, falava-se muito em Traoré e seu irmão: "À medida que íamos ganhando, todos diziam: 'olha, há dois irmãos negros muito bons' e vinham equipas para nos tentar ganhar."
Adama Traoré começou no Barcelona B, saltou depois para a equipa principal, seguindo para o Aston Villa, Middlesbrough e atualmente joga no Wolverhampton, treinado por Nuno Espírito Santo.