Venda do Chelsea pode ocorrer em breve e ex-aliados de Abramovich querem poder
Prazo para conclusão do processo de alienação, a ocorrer nos EUA, será limitado às próximas semanas. Granovskaia e Cech têm pretensão em ficar com a chefia/presidência dos blues
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Em estado congelado após mais sanções a Roman Abramovich, que o impediram de proceder à venda (particular) do Chelsea, o clube inglês, em sobressalto financeiro face às consequências da ligação ao magnata russo, poderá, em breve, ter um novo dono.
Segundo a britânica "BBC", o grupo Raine, banco de investimento sediado em Nova Iorque, que tem intermediado a venda, confia que a conclusão do processo de alienação total da propriedade de Abramovich, a ser supervisionada pelo Governo de Boris Johnson, terá como data limite o final deste mês de março.
A alienação depende, sobretudo, da emissão de uma nova licença especial atribuída ao emblema londrino, controlada por autoridades do Reino Unido, que lhe permita ser adquirido por um novo proprietário. Esta licença terminaria com as restrições financeiras impostas à estrutura dos blues, que tem o dinheiro controlado, por exemplo, para realizar jogos fora de casa e não pode sequer vender bilhetes.
Petr Cech, consultor técnico, manifestara incerteza quanto à possibilidade da equipa de futebol conseguir terminar a época. "É preciso admitir que estamos a viver um dia de cada vez, porque nada está nas nossas mãos", disse. "As coisas estão tão loucas que tudo por mudar da noite para o dia", juntou.
A aprovação do Governo inglês necessitará de que o dinheiro que Abramovich tenha a receber do Chelsea fique congelado e que os lucros da venda sejam reencaminhados para ajudar organizações de cariz social de apoio às vítimas da guerra na Ucrânia. A "BBC" avança que as condições estarão garantidas.
A televisão britânica refere que existem mais de 20 partes credíveis interessadas em se tornar proprietário do clube da Premier League. O prazo para entregar candidaturas termina esta sexta-feira. Enquanto isso, e à margem deste processo negocial, são apontados dois potenciais líderes do projeto desportivo.
Granovskaia e Cech desejam tomar as rédeas
A partida de Abramovich, cuja saída foi forçada por consequência da invasão russa na Ucrânia, devido à proximidade com o presidente Vladimir Putin, que lhe valeu sanções da União Europeia, poderá originar a ascensão interna de uma de duas figuras ligadas, há anos, à estrutura do futebol profissional dos blues, noticia o "AS".
De acordo com o jornal espanhol, suportado por fontes do emblema de Londres, Marina Granovskaia, diretora executiva para as transferências de atletas, e Petr Cech, consultor técnico de contratações, pretendem a liderança do projeto.
Granovskaia e Cech estão em situações distintas. O checo é visto como um elemento que terá menos dificuldades em permanecer, dado o seu passado como futebolista no mesmo e, ademais, a maior proximidade tida pela russo-canadiana com Abramovich.
Os dois responsáveis, detalha o "AS", já expressaram, entre portas, a disponibilidade para desempenhar um cargo de chefia/presidência no Chelsea, mas essa promoção na estrutura ocorrerá, contudo, em função do planeamento do novo proprietário, após 19 anos.
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