O avançado marcou o golo que selou a conquista da terceira Taça das Nações Africanas (CAN) da história da Costa do Marfim sensivelmente um ano e meio depois de ter sido diagnosticado com um cancro testicular
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A história de superação protagonizada por Sébastien Haller conheceu mais um capítulo inspirador no domingo, com o avançado a marcar o golo que selou a conquista da terceira Taça das Nações Africanas (CAN’2023), da história da Costa do Marfim.
Haller, titular na final vencida frente à Nigéria (2-1), do português José Peseiro, levou a seleção anfitriã do torneio ao delírio com um golo aos 81 minutos, que surgiu sensivelmente um ano e meio depois de ter sido diagnosticado com um cancro testicular.
A assustadora notícia chegou em julho de 2022, duas semanas depois de o dianteiro ter trocado o Ajax pelo Dortmund, obrigando-o a pausar o futebol durante cerca de oito meses.
Após ter batido a doença, Haller fechou a época passada com nove golos em 22 jogos pelo clube alemão e, apesar de o faro goleador não estar tão apurado até ao momento em 2023/24 - leva dois golos em 14 partidas realizadas – o jogador voltou a brilhar no seu país-natal e logo no maior palco de África, já depois também ter sido decisivo no jogo das meias-finais, frente à RD Congo (1-0).
No meio da festa costa-marfinense, Haller não conseguiu esconder a emoção com esta nova conquista na sua vida.
“Sonhámos com este momento várias vezes. Esperávamos poder chegar a este ponto e, mais uma vez, o jogo não foi fácil. As cenas de alegria que estamos a ver no país são merecidas. Espero que façam bem a muita gente”, admitiu, visivelmente emocionado, já depois de ter assumido, na antevisão da final, que os últimos 18 meses foram “desafiantes” para si e a sua família: “Tendo em conta o que aconteceu nos últimos meses, é ótimo estar aqui à vossa frente”, rematou.