Lusos representam o quinto maior contingente de estrangeiros no primeiro escalão inglês. Wolverhampton reforçou armada com dois ex-dragões.
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Dois treinadores principais (mais alguns adjuntos) e 22 jogadores formam o contingente de representantes lusos que em 2020/21 vai iniciar a Premier League. Um número que faz de Portugal o quinto país estrangeiro com mais futebolistas e técnicos na competição, apenas atrás de França, Brasil, Espanha e República da Irlanda.
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E, na história, esta é a primeira vez que os portugueses estão entre os cinco maiores exportadores para aquela que é quase unanimemente considerada a mais forte liga do mundo. Uma ascensão que acompanha a crescente obtenção de resultados internacionais dos jogadores e treinadores portugueses e que, por outro lado, muito deve também à aposta do Wolverhampton, clube detido pelos chineses da Fosun que desde o início tem sustentado o crescimento no conhecimento do empresário Jorge Mendes e no treinador Nuno Espírito Santo, por estes dias em processo de renovação com os lobos.
O Wolves alcançou a sétima posição nas últimas duas edições, superando todas as expectativas. Assim, a estratégia só poderia continuar e, nesse sentido, chegaram neste defeso mais dois portugueses ao plantel, ambos provenientes do FC Porto: o avançado Fábio Silva contratado por 40 M€ e o médio Vítor Ferreira. Este último, também conhecido por Vitinha, foi apresentado na quinta-feira pelos lobos que o receberam por empréstimo dos dragões, mas com uma cláusula de compra obrigatória no valor de 20 milhões de euros. Assim, apesar da saída de Bruno Jordão, cedido ao Famalicão, o Wolverhampton aumentou para nove o contingente de jogadores lusos no plantel.
Hélder Costa (Leeds) e Ivan Cavaleiro (Fulham) foram promovidos, enquanto Fábio Silva e Vítor Ferreira são caras novas no Wolves de Nuno Espírito Santo. José Mourinho segue à frente do Tottenham
As outras duas novidades lusas são dois promovidos do Championship: Hélder Costa, do Leeds, e Ivan Cavaleiro, do Fulham. Curiosamente, ambos eram também do... Wolves, mas já foram contratados em definitivo.
José Mourinho, que em 2019/20 entrou no Tottenham à 13.ª jornada, tem agora a oportunidade de iniciar a época e espera ver confirmadas as boas indicações deixadas no recomeço pós-pandemia, quando sofreu apenas uma derrota em nove jogos. Nesse período os spurs foram a terceira equipa mais pontuada, apenas superada pela dupla de Manchester, City e United, e garantiram o sexto lugar. Como tal, é grande a curiosidade para saber se Mourinho poderá voltar a lutar pelo título? Hojbjerg e Doherty são dois reforços pouco sonantes, mas prometem uma equipa mais coesa e equilibrada.
Na época passada, o Tottenham, de Mourinho, foi a terceira equipa com mais pontos (18) nas últimas nove rondas (após a pandemia). Só City e United (21 cada) fizeram melhor
Na época passada a corrida foi praticamente um passeio solitário do Liverpool, que muito cedo conquistou vantagem assinalável. Os reds praticamente não mexem (até ver só chegou Tsimikas, como alternativa a Robertson na esquerda da defesa), mas já perderam o primeiro troféu da época, a Supertaça para o Arsenal. Desta feita prevê-se maior luta de outros oponentes, nomeadamente do Chelsea, que investiu forte e feio, o que indica uma tentativa séria de voltar a ser campeão, o que não acontece há três épocas. O City teve duas baixas de peso (Sané e David Silva), mas reforça-se com o criativo Ferrán Torres e estabiliza a defesa com Aké. Quanto ao United, já com Bruno Fernandes consolidado e passando a ter a companhia de Van de Beek no meio-campo defensivo, ameaça também intrometer-se na luta. Há ainda um ambicioso Everton, que contratou James a pensar no ataque à Champions.