Após a derrota na Supertaça, num jogo em que o Arsenal chegou ao empate com um golo já depois do tempo concedido pelo árbitro, o treinador do Manchester City criticou a nova regra de compensação em Inglaterra, que prevê que esse período seja aumentado devido a pausas.
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O Arsenal, que lançou Fábio Vieira nos minutos finais do tempo regulamentar, arrancou no domingo a nova época ao conquistar a Supertaça de Inglaterra pela 17.ª vez, após vitória nas grandes penalidades frente ao campeão inglês e europeu Manchester City, que teve Rúben Dias e Bernardo Silva a titulares.
Após a partida, Pep Guardiola, treinador dos citizens, reagiu com críticas ao facto de os gunners terem empatado o jogo, forçando o desempate por penáltis, já depois do tempo de compensação concedido pelo árbitro ter sido ultrapassado, em cumprimento com uma nova regra aplicada pela Federação Inglesa (FA).
"Temos de nos habituar [a essa nova regra]. Eu fiquei com a sensação de que não aconteceu muito para estender os oito minutos. Mas eles não consultam os jogadores ou treinadores sobre a sua opinião [no momento de definir regras]. Agora os jogos vão ter 100 minutos, de certeza. Imaginem se eles estendessem [a compensação] por causa dos golos e o resultado fosse 4-3. Amanhã de manhã ainda estaríamos a jogar. Não me peçam a minha opinião", afirmou, em conferência de imprensa.
Um dia depois, Raphael Varane, central do Manchester United, recorreu às redes sociais para concordar com o desabafo do treinador rival, lamentando que os órgãos responsáveis pela definição das regras do futebol profissional não deem ouvidos aos jogadores e técnicos na altura de tomar decisões.
"Tivemos uma reunião com a FA na semana passada. Eles foram recomendados pelos árbitros a tomarem novas decisões e regras. Da parte dos treinadores e jogadores, nós já partilhámos as nossas preocupações durante vários anos sobre haver demasiados jogos e o calendário estar sobrecarregado a um nível perigoso para o bem-estar físico e mental dos jogadores. Apesar dos nossos conselhos anteriores, eles recomendam para a próxima época: jogos mais longos, mais intensidade e menos emoção demonstrada pelos jogadores", começou por criticar, no Twitter.
"Nós só queremos estar em boas condições para darmos 100 por cento ao nosso clube e aos adeptos. Por que não ouvem as nossas opiniões? Enquanto jogador, sinto-me muito privilegiado por fazer o trabalho que adoro todos os dias, mas estas mudanças estão a prejudicar o nosso desporto. Queremos estar a um nível máximo, no nosso melhor e fazer exibições incríveis para os nossos adeptos festejarem todas as semanas. Eu acredito que é importante que nós, jogadores e treinadores, salientemos estes aspetos importantes, pois queremos proteger o desporto que adoramos e dar o nosso melhor aos adeptos", concluiu.
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