VAR: treinador do Grémio admite "raiva" e diz que "até o Stevie Wonder via o lance"
Renato Gaúcho mostrou-se revoltado após a eliminação do Grémio nas meias-finais da Libertadores.
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Polémica nas meias-finais da Taça Libertadores. Aos 82 minutos da segunda mão entre Grémio e River Plate a equipa brasileira vencia por 1-0 e via o apuramento para a final bem encaminhado, quando Borré marcou um golo com o braço, que não foi invalidado pelo videoárbitro (VAR). Depois, aos 90+5', o mesmo VAR assinalou penálti para os argentinos, que consumaram a reviravolta e carimbaram o passaporte para o jogo decisivo.
Após a partida e já depois de muita revolta por parte dos jogadores, visível ainda dentro de campo, o treinador do Grémio não poupou nas críticas à atuação do VAR, assegurando que preferia "ser suspenso por 200 dias" e ver a sua equipa na final da competição.
"O Grémio não se qualificou por causa do VAR. Se funcionasse bem, eu estava aqui a sorrir, a torcida estaria feliz e o Grémio na final da Libertadores. Estaria tudo certo. Fomos roubados. Acho que o lance [do golo com o braço] não oferece qualquer dúvida, até o Stevie Wonder via isso", atirou Renato Gaúcho, em alusão ao cantor norte-americano, que é invisual. "Como é que o indivíduo não vê que o jogador marca golo com o braço com todas aquelas câmaras? Será que ele vai conseguir dormir hoje? Preferia ter perdido por 5-0", acrescentou, antes de apontar o dedo a Marcelo Gallardo, treinador do River, que estava castigado e, ainda assim, foi ao balneário da sua equipa ao intervalo:
"É uma descredibilização da CONMEBOL. No mínimo tinham de ir buscá-lo ao balneário. Juntem isso à palhaçada com o VAR, façam uma salada e vejam no que dá. Amanhã, a CONMEBOL suspende o Gallardo por 100 dias e o River continua na final. Eu preferia ser suspenso por 200 dias e ver o Grémio na final. Isto foi um desrespeito para com o clube", rematou Gaúcho.