Num momento de tensão constante entre a Catalunha e o governo central espanhol, o clube de Castela e Leão alega que quer evitar lesões numa fase decisiva da temporada, mas só dois são jogadores, pois o terceiro é o co-selecionador catalão
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O Valladolid, emblema de Castela e Leão, tomou uma decisão polémica "em prol dos seus interesses desportivos" que vai dar que falar. O clube "pucelano" impediu um trio composto por dois jogadores (Jordi Masip e Rubén Alcaraz) e o treinador Sergio González de representarem a seleção da Catalunha nos próximos dias em treino e na segunda-feira no amigável contra a Venezuela. A medida é para evitar lesões numa fase decisiva da temporada, disse o Valladolid em comunicado, mas tal não justifica o travão ao técnico, que é co-selecionador catalão, com Gerard López.
"O Real Valladolid respeita a Federação Catalã de Futebol, mas entende que deve primeiro priorizar os seus próprios interesses desportivos numa fase decisiva da temporada e para evitar correr riscos que possam implicar uma lesão de algum dos dois jogadores, até ao momento fundamentais para a equipa. O Real Valladolid persegue o objetivo da permanência e vê-se na obrigação de minimizar os riscos a somente dois meses da conclusão do campeonato", comunicou o clube, numa altura em que a tensão é constante entre os independentistas catalães, e no fundo todo o governo regional catalão, e o governo espanhol.
O Valladolid é 16.º de La Liga, com mais quatro pontos que o Celta de Vigo, o primeiro emblema nos lugares de descida.