Jesualdo Ferreira partiu esta segunda-feira para o Brasil para começar a trabalhar no Santos. O treinador português falou das expectativas para este projeto no Brasileirão.
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Expectativas: "Vamos ver como as coisas vão surgir. Não é uma tarefa fácil, mas vamos determinados para tentar empurrar o projeto do Santos. Foi isso que eu aceitei, foi essa a proposta que me fizeram. Vamos herdar uma equipa que ficou em segundo lugar, é um lugar pesado. Vamos para uma grande equipa, um clube mítico. No Brasil não ganham dois ou três, ganham muitos. É terrível para trabalhar, mas apaixonante. Espero encontrar isso. Estamos entusiasmados, mas também responsáveis, nenhum de nós é um miúdo. Sabemos das dificuldades e das nossas capacidades e podemos fazer coisas muito positivas."
Portugueses no Brasil: "O Jorge Jesus ganhou no Flamengo e os adeptos vão pedir-me para ganhar no Santos (risos). Mas temos de relativizar as coisas, ver isto de uma forma sensata. Não pode ir um treinador para o Santos só porque é português, mas pelo seu perfil. Espero que mais portugueses vão treinar para o Brasil, não por serem portugueses, mas porque têm qualidade para estar à frente de grandes equipas."
Indicações de Jorge Jesus?: "Há um ano e meio, quando o Jorge Jesus foi para a Arábia, almoçámos para que eu o pudesse informar sobre o futebol do Golfo. Agora almoçámos e falámos sobre a experiência dele no Brasil. Ele é um apaixonado pelo futebol brasileiro. Não pode ser outra coisa que não paixão. Ninguém pode ficar indiferente ao que aconteceu com ele."
Reforços?: "Não vou falar disso neste momento. Ainda não conversei com os responsáveis. Vamos tentar, em dez dias, pôr a equipa a competir no campeonato estadual. Não é muito normal entrar em prova dez dias depois de começar a treinar. É uma coisa nova para mim. Simultaneamente vamos conhecer o plantel e preparar o futuro. Ver os jogadores que temos, até porque alguns podem sair entretanto."
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Objetivos: "Vamos ver qual é o batimento cardíaco daquela gente toda. Lá fala-se muito do ADN ofensivo do Santos, outros dizem que também tem de haver o defensivo. Não vou assumir nada, temos de conversar com os dirigentes para que possamos desenvolver um trabalho com segurança e objetivos claros."
Receção: "Espero ser bem recebido. Não me perguntem porquê, mas acho que há uma onda positiva e vou aproveitar essa onda."