Pelo Atlanta United, Xande Silva marcou o golo que obrigou o Inter de Miami a disputar “a negra”
Corpo do artigo
Com três golos e três assistências na época, Xande Silva vive um dos grandes momentos da carreira no Atlanta United. Foi ele que praticamente decidiu que o “play-off” contra o Inter de Miami, de Messi e Suárez teria prolongamento num terceiro jogo, assinando com um fantástico remate, já para lá da hora, o golo da vitória na Geórgia que forçou o encontro com caráter de “negra” na Flórida.
Em causa está a visão dos quartos de final da MLS. Casa cheia no Mercedes Benz Stadium, quase 70 mil pessoas enlouqueceram com a desfeita ao astro argentino do português, que também tem como companheiro o compatriota Pedro Amador.
O JOGO falou com o extremo, filho do malogrado Quinzinho, formado no Vitória de Guimarães, que passou nos últimos anos por West Ham, Nottingham Forest e Dijon. As alegrias têm acompanhado a sua passagem pela MLS, nesta que é a sua segunda época na prova. Mas nada comparável a provocar a maior descarga de euforia vista em Atlanta com um jogo de futebol no passado recente, depois de entrar no campo aos 90 minutos. “Fiquei muito contente. Foi um golo importantíssimo para o clube, num momento crucial e já quando ninguém acreditava que pudéssemos garantir um terceiro jogo para continuar na discussão do campeonato. Temos de aproveitar e rentabilizar este momento, levar este espírito para o próximo jogo”, adiantou Xande Silva, endeusado por estes dias. “Entro em campo sempre para me divertir e mostrar o meu valor. Estar em campo com ou contra grandes lendas é ótimo”, disse, procurando desvalorizar o efeito da proeza em função dos nomes do outro lado da barricada.
O extremo está animado com o presente e sedento de melhor futuro, aos 27 anos, explicando dias de sacrifício. “Não posso dizer que é o melhor momento da minha carreira porque tenho tido a infelicidade de jogar com uma lesão no pé desde o início da época, mas não deixa de ser, claramente, um momento bonito”, assinalou Xande Silva, que foi poderoso nas celebrações, despindo a camisola, olhando intensamente a magnitude do ambiente e dançando como tão bem fazia o pai, para gáudio de Bobby Robson. “Esta época a minha irmã pediu-me que, sempre que marcasse, celebrasse com uma dança. É isso que estou a fazer”, sublinhou o jogador que foi lançado na primeira equipa do V. Guimarães por Rui Vitória e, mais tarde, desenvolvido por Sérgio Conceição. Com a MLS em fase de decisões...Xande reconhece a transcendência que bate à porta, sendo o terceiro jogo realizado em Miami, este domingo. “O objetivo é irmos o mais longe possível. Vamos trabalhar para seguir em frente. Esta já é uma das melhores ligas do mundo, não é comum ver um estádio com tantas facilidades e adeptos. Eu tenho de contribuir em todos os jogos com esta oportunidade que me deram”, realçou.