"Último Mundial? Não são só os fatores desportivos que determinam o futuro"
Declarações de Robert Lewandowski, estrela da seleção polaca, em conferência de imprensa de antevisão ao Mundial de 2022, que arranca no domingo. A Polónia está inserida no grupo C, juntamente com a Argentina, México e Arábia Saudita.
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Último Mundial da carreira? "Não sei se será o meu último Mundial, mas estou a preparar-me como se fosse. Fisicamente sinto-me bem, mas não são só os fatores desportivos que determinam o futuro. Nas últimas duas semanas, tive oportunidade de focar-me em treinar, algo que não tinha tido tempo para fazer antes. Sinto-me descansado e satisfeito com a forma como trabalhamos".
Diferenças entre a preparação para o Mundial'2018 (na Rússia) e a atual: "Se compararmos o que experienciei em Sochi e agora em Doha, sinto-me mais confortável aqui. Eu sabia o que esperar e nós estávamos preparados para isto. As condições são as mesmas para toda a gente. Estou feliz com o grupo. Quando posso falo com toda a gente, incluindo os mais novos, que podem beneficiar de uma conversa. Espero que iniciemos este torneio com uma vitória [diante do México]".
Jogo cartaz do grupo é contra a Argentina: "É difícil falar desse jogo com a Argentina porque há dois jogos antes. Os dois jogos anteriores podem ser cruciais para o desenrolar do grupo e poderão ditar o que estará em jogo frente à Argentina. Por agora, focamo-nos no jogo com o México".
Favoritos à conquista do Mundial? "Até agora, as equipas mais fortes são o Brasil e a Argentina. Da Europa, são a Espanha e a França. Para mim, eles são os favoritos. Vamos o que acontece. Caso o torneio tivesse sido disputado no final da temporada, haveria mais incógnitas. Aqui é diferente, vamos jogar de forma direta, sem paragens. Em Mundiais, o mais importante é a eficiência e as vitórias. O jogo com o Chile [vitória por 1-0 em particular] e o que vamos fazer no Mundial são duas coisas diferentes. Não somos uma equipa que joga de forma muito espetacular. Vamos escolher as nossas táticas com base no adversário".
México deverá preparar um plano para travá-lo: "Estamos cientes de que os adversários estarão focados em mim. Vou usar isso para abrir espaços para os meus colegas de equipa. Estamos preparados para isso, poderá ser uma vantagem. O bem da equipa é o mais importante. Quem marca os golos é a menor preocupação. Estamos cientes do potencial dos nossos adversários e de que não somos favoritos, mas isso não quer dizer que não queremos vencer. Tenho a certeza que vamos mostrar a nossa melhor versão. A bola, desta vez, não é tão inchada como nos torneios anteriores. Se isso nos irá ajudar? Veremos depois".
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