UEFA já decidiu sobre o protesto de Portugal e Luxemburgo

O Comité de Ética e Disciplina da UEFA anunciou esta sexta-feira que rejeitou os protestos de Portugal e Luxemburgo por causa da utilização de Júnior Moraes, avançado brasileiro naturalizado ucraniano, nos jogos da Ucrânia com as duas seleções para a fase de qualificação do Europeu de 2020.

O protesto da Federação Portuguesa de Futebol, assim como do Luxemburgo, foi baseado no facto de Júnior Moraes não ter estado um mínimo de cinco anos consecutivos a viver na Ucrânia.

Júnior Moraes chegou à Ucrânia em 2012, para representar o Metalurg Donetsk e, em 2016, já no Dínamo Kiev, saiu para a China, antes de regressar ao campeonato ucraniano, em agosto de 2017, representando atualmente o Shakhtar Donetsk, orientado por Paulo Fonseca.

O Portugal-Ucrânia, no qual Júnior Moraes entrou aos 76' para o lugar de Roman Yaremchuk, foi disputado a 22 de março no Estádio da Luz e terminou 0-0 e no jogo no Luxemburgo, no dia 25 do mesmo mês, a Ucrânia venceu por 2-1. Júnior Moraes foi titular no encontro em que esteve a perder (golo de David Turpel aos 34'), empatando aos 40', por Viktor Tsygankov. A reviravolta no marcador aconteceu já nos descontos com um golo na própria baliza de Gerson Rodrigues.

O Comité de Ética e Disciplina da UEFA justificou a decisão com o artigo 57º a) do Regulamento disciplinar da UEFA (receção dos protestos), o qual determina que "o protesto só é admitido se o jogador não tiver condições para ser utilizado por não preencher as condições definidas nos regulamentos", entendendo-se que o Comité considera que Moraes reunia condições para a naturalização e consequente utilização pela seleção ucraniana.

Com esta decisão da UEFA, a classificação do grupo B mantém-se igual. A Ucrânia lidera com quatro pontos em dois jogos, o Luxemburgo está em segundo, com três pontos, Portugal em terceiro com dois, e a Sérvia tem um ponto (jogo na Luz, com Portugal) e a Lituânia não pontuou no único jogo efetuado.