Esloveno é o único candidato a sufrágio e será reconduzido esta quinta-feira, no congresso de Roma, para novo mandato como presidente da UEFA. Superliga europeia está fora de questão, avisa
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Aleksander Ceferin, 51 anos, será reeleito esta quinta-feira presidente da UEFA num congresso marcado para Roma e onde surge como candidato único ao cargo. O esloveno , eleito pela primeira vez em setembro de 2016, batendo então a concorrência do holandês Michael van Praag, cimentou estatuto e recolheu apoios quase unânimes durante o primeiro mandato, encabeçando lutas importantes, algumas delas com a FIFA, liderada por Gianni Infantino - que, em junho, será também reconduzido.
Ou seja, o braço de ferro Ceferin/Infantino está para durar nos próximos anos. Uma das lutas passa pelo bloqueio da UEFA ao projeto de um Mundial de Clubes, ideia patrocionada por Infantino graças a um finaciamento milionário que está a deixar emblemas europeus de água na boca. Ceferin não gosta da ideia por ver nela um potencial enfraquecimento da Liga dos Campeões, galinha dos ovos de ouro da organização a que preside. "É um projeto de 25 mil milhões de dólares sobre o qual não sabemos nada e financiado por um grupo estrangeiro cuja identidade ignoramos. Somos contra, porque queremos saber quem está por trás disto. O futebol não está à venda", reafirmou, ontem, o esloveno, em entrevista ao jornal francês "Le Monde" .
"É um projeto de 25 mil milhões de dólares sobre o qual não sabemos nada e financiado por um grupo estrangeiro cuja identidade ignoramos. Somos contra, porque queremos saber quem está por trás disto. O futebol não está à venda"
Reiterou ainda a discordância com a criação de uma Superliga europeia que junte os clubes de elite. Também aqui, há tubarões europeus a salivar pelo dinheiro que podem encaixar, muito mais do que conseguem com o atual modelo da Champions. "A Superliga mataria o futebol. E seria aborrecido ter um PSG-Juventus todas as semanas", argumentou ainda, na mesma entrevista.
Para esquecer também é a ideia de um Mundial de 48 seleções já noCatar, em 2022. "O Catar não pode organizar o Campeonato Mundial de 48 equipas sozinho, até porque não tem boas relações com os vizinhos. Além disso, como esse Mundial se disputará em dezembro, seria necessário remover ainda mais datas dos campeonatos nacionais, sobretudo na Europa. Não acho que isso seja possível", rematou.