Harry Redknapp não ficou muito satisfeito com a escolha do alemão Thomas Tuchel como novo selecionador inglês, a partir de 2025
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Harry Redknapp, antigo treinador inglês que treinou clubes como o West Ham, Portsmouth, Southampton, Tottenham e QPR na carreira, reagiu esta quarta-feira com desagrado à escolha do alemão Thomas Tuchel como novo selecionador do seu país, a partir de 2025.
Em declarações à Sky Sports, Redknapp admitiu ter ficado desapontado com a escolha da Federação Inglesa de Futebol (FA) e apontou, com base no seu "patriotismo", que preferia um compatriota para a sucessão permanente de Gareth Southgate.
"Não é como se ele [Tuchel] tenha sido um sucesso gigante. Ele entrou e saiu de um par de clubes. Sou muito patriota e penso que devíamos ter um selecionador inglês, mas obviamente que o campo de escolha era muito pequeno. Os ingleses, neste momento, não têm muitas oportunidades para treinar na Premier League, é tudo donos estrangeiros e é sempre um treinador estrangeiro. Só temos dois ou três treinadores na Premier League que são ingleses. A FA, com todo o dinheiro que gasta em cursos de treinadores, é triste", lamentou.
Nesse sentido, Redknapp também se mostrou preocupado com o facto de Tuchel não ter qualquer experiência à frente de seleções, alertando que ser selecionador é um trabalho muito diferente do que ser treinador de um clube.
"Ele não é como Jurgen Klopp, que chegou ao Liverpool, foi um grande sucesso e ficou lá muitos anos. É preciso ter um pouco de senso comum, escolher os jogadores certos, as posições certas e fazê-los sentirem-se bem consigo mesmos e por jogarem pelo melhor país do mundo. Quanto tempo é que ele terá para trabalhar com eles? Não tens a real oportunidade de trabalhar com eles, não é como se os treinasses. Lee Carsley [selecionador interino] disse que teve cerca de 20 minutos para trabalhar num sistema, é esse o tempo que tens para trabalhar em formas, padrões e jogadas", concluiu.
Refira-se que Tuchel é o terceiro treinador estrangeiro a assumir o comando da seleção inglesa, depois do sueco Sven-Goran Eriksson e do italiano Fabio Capello.
O alemão, que venceu uma Liga dos Campeões ao serviço do Chelsea, em 2021, estava livre no mercado após deixar o Bayern no final da época passada, tendo assinado um vínculo de 18 meses com a FA.