Tribunal rejeita recurso e Rubiales vai a julgamento pelo caso Jenni Hermoso
Antigo presidente da RFEF vai ser julgado pelo beijo que deu à futebolista da seleção espanhola durante os festejos da conquista do Mundial'2023
Corpo do artigo
O Tribunal rejeitou os recursos apresentados pela defesa de Luis Rubiales e o dirigente vai mesmo a julgamento pela acusação de ter beijado de forma não consentida Jenni Hermoso, futebolista da seleção feminina de Espanha, durante os festejos da conquista do Mundial'2023, em agosto.
Jorge Vilda, antigo selecionador, Albert Luque, diretor desportivo da seleção espanhola, e Rubén Rivera, responsável pelo marketing da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), também serão julgados.
O juiz considerou que o beijo dado pelo ex-dirigente máximo da RFEF à jogadora, após a conquista do título mundial, na Austrália e Nova Zelândia, “não foi consentido, foi uma ação unilateral e de surpresa” e que o selecionador Jorge Vilda “exerceu pressão” sobre Hermoso.
“A finalidade erótica ou não, bem como o estado de euforia e agitação que se seguiram ao extraordinário triunfo, são elementos cujas consequências, ou consequências legais, devem ser determinadas durante o julgamento”, indicou o juiz.
A argumentação foi neste sentido, face às justificações de Rubiales, quando disse que a situação ocorreu num “momento de felicidade, de grande alegria e no momento”, rejeitando qualquer “conotação sexual”.
Após os acontecimentos, o dirigente, que inicialmente recusou a demissão do cargo – o que viria a acontecer em 10 de setembro do ano passado -, disse ter sido um pequeno beijo consentido e referiu estar a ser alvo de um “falso feminismo”.
O Ministério Público espanhol pede dois anos e meio de prisão para o antigo presidente da RFEF pelos crimes de coação e de agressão sexual. Para os outros três acusados pede um ano e meio de prisão.