Tribunal de Barcelona rejeita recursos e Dani Alves continua em liberdade
O futebolista brasileiro pagou uma fiança de um milhão de euros para esperar pela avaliação do recurso que apresentou à sua sentença, por violação, em liberdade
Corpo do artigo
O ex-futebolista internacional brasileiro Dani Alves vai permanecer em liberdade até à conclusão dos recursos da sentença de quatro anos e meio de prisão, pelo crime de violação, informou esta quarta-feira o Tribunal de Barcelona.
A 21.ª secção da Audiência de Barcelona rejeitou o recurso da Procuradoria Provincial daquela cidade espanhola, contra a decisão de libertar Dani Alves, que estava há mais de um ano em prisão preventiva e foi libertado em 25 de março, mediante a caução de um milhão de euros.
A Procuradoria de Barcelona defendia que se mantinham os motivos pelos quais foi aplicada a prisão preventiva, em janeiro de 2023, mas o tribunal decidiu que Dani Alves poderá esperar pelo resultado dos recursos em liberdade, mantendo-se a apreensão dos passaportes, brasileiro e espanhol.
O Ministério Público, que também interpôs um recurso, no sentido de obter um agravamento da pena, considerava que a prisão preventiva deveria ser prolongada até metade da pena imposta na sentença proferida em fevereiro, ou seja, dois anos e três meses.
O jornal As refere ainda que o defesa poderá desfrutar de até dois anos em liberdade, já que caso o seu recurso inicial não seja aceite, terá ainda a possibilidade de apresentar outro no Supremo Tribunal de Espanha, prevendo-se que seja esse o período para que o mesmo seja apreciado.
Recorde-se que Dani Alves, apesar da condenação, não desiste da sua absolvição e até terá o objetivo de voltar a jogar futebol. Em sentido contrário, a acusação pretende que a sentença do jogador seja aumentada para nove anos de prisão, por entender que “não deve ser apreciada a atenuante de dano” que pagou à vítima, no valor de 150 mil euros.
Alves foi condenado pela violação de uma mulher na casa de banho de uma discoteca, em dezembro de 2022, embora o ex-jogador do Barcelona, Paris Saint-Germain e Juventus, entre outros, tenha defendido que as relações foram consensuais, apesar de ter apresentado várias versões.