"Tivemos gastos excessivos por muitos anos, começámos com Negredo, Guedes..."
Desabafo de Anil Murthy, presidente do Valência, num áudio gravado sem o conhecimento do dirigente
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Anil Murthy, presidente do Valência, participou num jantar juntamente com cinco empresários no domingo, tendo sido apanhado a falar sobre a frágil situação financeira do emblema, em áudios gravados sem o conhecimento do dirigente e que esta segunda-feira foram revelados pelo jornal valenciano Superdeporte.
""Este ano temos um défice de 50 [milhões de euros]. É muito difícil ter um plantel com um custo total de mais de 70 milhões em Valência. De onde vamos tirar mais dinheiro? Não vamos pagar mais de 4 milhões [de salário a qualquer jogador]", começou por admitir o presidente do Valência.
O dirigente apontou que a não qualificação para as provas europeias é um golpe duro para o Valência e confessou a necessidade de o clube fazer vendas no mercado para tentar reverter o prejuízo da época, avaliado em 56 milhões de euros.
"O que vamos fazer na próxima temporada? Eu tenho que pagar salários. Onde vou encontrar 100 milhões? Outro empréstimo? É uma má ideia. Não há outra forma [que não vender jogadores]", acrescentou.
Murthy reprovou ainda a gestão do clube nos últimos anos, referindo que o clube che tem sido investido mais do que aquilo que consegue suportar, dando como exemplo transferências como a de Gonçalo Guedes, que acarretou um custo à volta dos 40 milhões de euros, em 2018.
""Isto vem de gastos excessivos por muitos anos, começámos com Negredos, Abdennour, [Gonçalo] Guedes, Maxi Gómez, Cillessen... O Valência não pode jogar para contratar 30-40 jogadores", considerou o presidente valenciano.
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