Jesualdo Ferreira foi esta quarta-feira apresentado como treinador do Santos.
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Jesualdo Ferreira foi esta quarta-feira apresentado como treinador do Santos. O técnico português evidenciou ser uma honra representar o clube onde Pelé foi, e ainda é, rei.
"Foi uma honra para mim", declarou. "Jamais iria recusar treinar o clube de Pelé, um clube mítico. A primeira referência do futebol brasileiro. Eu tinha 16 anos e vi o Santos ser campeão do mundo contra o Benfica", continuou.
"O futebol brasileiro tem muitos anos de implementação no mundo. Não é normal as pessoas olharem para o futebol brasileiro de uma forma diferente. Muitas oportunidades não são tão aproveitadas e outras não dão certo. O futebol brasileiro tem muitos treinadores de qualidade. Sempre teve e sempre vai ter. Essa transformação que está a acontecer não tem a ver com o futebol brasileiro, com o treinador, tem a ver com a globalização do futebol", explicou Jesualdo.
"Quando junta quatro jogadores com 20 anos é difícil porque terão qualidades e defeitos de 20 anos. Os novos vão provar que são bons e merecem jogar. Mas ter sempre jogadores com idades diferentes. Tem que haver talento e apostar na formação, esse será o projeto do Santos", referiu a propósito do lançamento de novos jogadores.
O que já viu do plantel e o que pensa? "Acho que, do que pude ver e informações que fui recebendo, o Santos era uma equipa que se expressava por atitude ofensiva clara, jogadores na frente muito rápidos e com a mesma envergadura, talento e potência; o meio-campo é mais adulto, e defesa pouco cuidada, porque queria sempre atacar. É uma equipa que me agrada. Mas no futebol temos que ter sempre equilíbrio. Isso é o que tem que existir. A minha perspetiva do Santos do passado é: melhorar o que era muito bom e melhorar o que temos de menos bom. É um retrato positivo com jogadores que me agradam, para trabalhar com o meu modelo e processos. Vamos valorizar o que foi feito. É o primeiro passo para ganhar a seguir. Já o fiz e vou fazê-lo".
É o treinador mais experiente, mais velho [frase de jornalista que arrancou sorrisos a todos]. Ensaiou uma reforma e voltou?, questionou a jornalista: "Marca aí: coragem. Não estava na aposentadoria. Só estamos nisso quando não temos capacidade ou alguém não nos reconhece capacidade. Se fosse verdade, não estava aqui".
Conta com reforços? "O que falei com o presidente foi sobre a realidade atual. Temos um plantel de 24/26 jogadores mais os da formação. É uma base com talento e qualidade. Ainda pode sair alguém. Vamos conversar sobre o que são as necessidades da equipa e isso tem tempo para acontecer. Ainda não tivemos muito tempo para conversar".
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