Tiago Djaló: "Fora do Mundial? Merecia muito mais, mas não quero parecer frustrado"
Declarações do defesa português Tiago Djaló, atualmente no Lille, ao jornal francês La Voix du Nord. A equipa treinada por Paulo Fonseca segue no sétimo lugar da Ligue 1
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Progressão com Paulo Fonseca: "Acho que a forma como ele quer que a equipa jogue é perfeita para mim, porque gosto de jogar com a bola. Sinto-me melhor com esta filosofia. Em relação aos anos anteriores, participamos muito no jogo ofensivo e o treinador deu-nos muita liberdade para experimentar, para jogar a bola, para trocar passes. Sei que tenho qualidades para isso, para ter uma boa relação com o meio-campo. Nunca senti tanta liberdade desde a minha chegada. Galtier e Gourvennec tinham maneiras diferentes de jogar, provavelmente mais cautelosas."
Mais satisfação: "Eu claramente gosto disso. É uma questão de confiança no treinador também. Corremos muitos riscos, é verdade, mas temos qualidade para fazer muita coisa quando estamos sob pressão. Esta forma de jogar é magnífica."
O papel de José Fonte: "É uma referência à posição. Tenho observado como ele joga há três anos e meio. Acima de tudo, ele ensinou-me a não ter medo de falar, de observar o jogo, o posicionamento dos meus companheiros. Quando cheguei, achei que não adiantava falar e aos poucos fui entendendo que era importante ter uma visão do jogo. Isso ajudou-me a comunicar mais com os meus colegas. Eu obviamente não tinha confiança na época, não falava o idioma. Mas até em português, comecei a falar, é essencial."
Fora do Mundial: "Fiquei triste porque acho que merecia muito mais, mas há muitas coisas sobre as quais não quero necessariamente falar porque não quero parecer frustrado. O mais importante é que quero continuar a jogar muito. No próximo jogo da seleção, quero estar lá, o objetivo."
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