Thierry Henry agradece a Inter e Barcelona: "Futebol andava a aborrecer-me"
Ex-avançado francês admitiu que ver futebol andava a "aborrecê-lo" nos últimos anos, agradecendo às duas equipas por uma meia-final "de loucos", com 13 golos ao longo de duas mãos
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Em reação à dramática vitória do Inter sobre o Barcelona no prolongamento (4-3, 7-6 em agregado) da segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões, Thierry Henry aproveitou para agradecer a ambas as equipas por uma eliminatória “de loucos”, com 13 golos e incerteza até ao fim.
Em direto para a CBS Sports, o antigo avançado francês, ex-Arsenal e Barcelona, admitiu que ver futebol o andava a “aborrecer” nos últimos anos, ao contrário do que aconteceu na noite de terça-feira, em que os italianos garantiram a passagem à final da prova milionária.
“Ver futebol ultimamente, nos últimos dois anos, andava a aborrecer-me. Se estiver a ser realmente sincero, é assim que me tenho sentido. Obrigado Inter e obrigado Barcelona, porque souberam recuperar o espetáculo”, apontou.
Henry, na companhia dos comentadores e também ex-jogadores Jamie Carragher e Micah Richards, considerou ainda que, apesar da eliminação, a boa notícia para o Barcelona é que terá já um El Clásico com o Real Madrid, no domingo (15h15), que será decisivo para as contas do título da LaLiga, não havendo por isso muito tempo para lamentos europeus.
“O melhor que pode vir para o Barça neste momento é jogar contra o Real Madrid. É o jogo que queres jogar sempre e serve para assegurar que não ficas demasiado tempo com essa sensação. Este é o jogo que queres, porque a cidade e a situação na LaLiga volta a meter-te naquela dinâmica. É o El Clásico e vamos descobrir de imediato se eles estão bem ou não. São quatro pontos (que o líder Barcelona tem de vantagem sobre o Real Madrid) e eles quase que podem ganhar (o campeonato) ali, especialmente contra o arquirrival, e esquecerem-se da eliminação da Champions”, apontou.
Ainda assim, Henry garantiu que esta derrota dificilmente sairá da memória dos jogadores “culés”, falando por experiência própria: “Tu acordas e perguntas-te se aquilo realmente aconteceu. Quando perdes um jogo assim, e eu já estive nessa situação, dizes: ‘Isto aconteceu de verdade? Sonhei? Não foi um sonho, foi um pesadelo’. É muito difícil, não dormes. Não sei se eles vão dormir esta noite. Até quando ganhas às vezes não dormes, porque estás demasiado excitado, mas quando perdes... Eu nunca voltei a ver a final da Champions que perdi com o Barcelona ou a final do Mundial que perdi frente a Itália (ambas em 2006). São coisas difíceis e ficam contigo muito tempo, mas há que saber sobreviver”, concluiu.