Ex-jogador argentino jogou com o português no Manchester United e com o compatriota na seleção
Corpo do artigo
Carlos Tévez despediu-se dos relvados em 2021 no seu amado Boca Juniors, emblema no qual se formou e que representou em três períodos como jogador profissional, e espera ainda ter um jogo de homenagem em La Bombonera... com Messi e Ronaldo.
Tévez, recorde-se, jogou com o português no Manchester United e com o compatriota na seleção, esperando juntá-los para uma ocasião especial.
"Ronaldo numa equipa e Messi na outra? Claro", respondeu, no programa Gol Gana [ver vídeo em baixo]. "Ou juntamo-los?", voltaram a questionar. "Juntámo-los. Vou buscá-los eu. Vai fazer-se esse jogo, mas é preciso ver quando. Não é fácil. Seria lindo fechar o ciclo com um jogo de homenagem. Seria lindo no fim do ano. Tenho de falar com Román [Riquelme, presidente do Boca Juniors]", disse, esperançado.
Tévez gracejou ainda com a forma como tem apontados os números de Ronaldo e Messi no telemóvel: Ronaldo está como CR7 e Messi como "enano" (anão).
Outra curiosidade foi quando chegou, com Mascherano, ao West Ham, e o motivo que o levou a começar a jogar golfe: "Chegámos ao West Ham com Masche depois do Campeonato do Mundo de 2006. O treinador Alan Pardew, com um tradutor, disse-nos que não nos tinha pedido. Depois perguntou-nos em que posições jogávamos. Peguei nos tacos para descontrair".
A morte do pai foi um momento marcante para Tévez: "Tinha de deixar o treino, ir ao hospital e ver o meu pai em estado vegetativo. Sabíamos que ele não podia recuperar. Aos domingos, vestia a camisola, a braçadeira e era o capitão. Por vezes, ao intervalo, chorava, lavava a cara e saía. Era uma angústia e eu sabia que os meus colegas de equipa dependiam de mim. Ainda por cima, era a pandemia, o estádio estava vazio.... Foi muito difícil. Um ano e meio naquela situação. Depois, um dia, estávamos em Rosário e o meu irmão ligou-me a dizer que o meu pai tinha morrido. Quando o meu pai morreu, deixei de ter vontade de jogar. Quando se perde a paixão... Levantei-me, disse à Vanessa, a minha mulher, que não tocaria mais numa bola. Nunca me arrependi, a decisão está bem tomada até hoje."